Auriflama, SP História da Cidade

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A faixa de CEP de Auriflama, SP é de 15350000 à 15354999 e o código IBGE do município é 3504206. Quem nasce na cidade é chamado de auriflamense e para ligar para Auriflama utilize o DDD 17.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

A história de Auriflama começa por volta do ano de 1935, pois nesse período já haviam moradores e proprietários rurais, antes da chegada dos pioneiros. Os primeiros bandeirantes que chegaram nessa região foram as famílias do Tiburção, da Maria Portuguesa, Mateus, Miranda, Bueno, Maciel, Zequinha Cearense, que aqui fincaram suas raízes.
João Pacheco de Lima comprou uma área localizada ao longo do espigão mestre, divisor das águas dos rios Tietê e São José dos Dourados. Em Junho de 1936, ele juntamente com seu filho Paulo e com os amigos Waldevino Nery dos Reis, Antônio Joaquim Nery e José Joaquim Nery se deslocaram de Ipiguá, próximo a São José do Rio Preto e vieram conhecer as terras.
Nesta visita, Pacheco e Antônio foram os responsáveis pela escolha de onde seria iniciado o povoado. Nessa época, o critério utilizado pelos dois levou em consideração o ponto mais alto, que hoje compreende-se a praça da matriz. Após o reconhecimento, um rancho foi construído próximo à figueira para abrigar a comitiva. Nesse mesmo dia, os irmãos Nery aceitaram o convite de Pacheco para a constituição do povoado.
No dia 06 de setembro de 1936, Waldevino Nery dos Reis e Ernestina Nery se mudavam definitivamente para o povoado. Na ocasião, outros pioneiros junto com suas famílias também vieram para o povoado: Ozório Messias de Almeida, Joaquim Graciano Paiva, Sebastião Machado, Filadelfo Rodrigues de Souza, Francisco Higino, Antônio Barbosa, João Fernandes, Amâncio Ferreira entre outros. Com a chegada destas famílias foi aberta uma clareira maior na mata e construído novos ranchos. Naquela ocasião, funda-se a “Vila Pacheco”.
O cruzeiro foi levantado próximo a figueira em 02 de novembro de 1936, sendo produzido pelo carpinteiro Manoel Saturnino e doado por Agostinho Cipriano Nery. A figueira se tornou o marco histórico, afirma Alcino Messias de Almeida: “Nós sofremos muito no começo, pois a vila era muito mato e tivemos que ir abrindo clareira entre a selva, mas a figueira ganhou destaque devido a sua exuberância”. Seu Alcino se lembra do momento em que ajudou a arrancar a figueira. Infelizmente ela estava no centro da cidade e precisou ser cortada para o crescimento de Auriflama, concluiu Messias.
Ernestina Nery, de 96 anos, esposa do saudoso Waldevino Nery dos Reis, relembra essa nova etapa da vida. Conta ela: “O momento mais marcante foi encontrar este lugar e começar tudo de novo. Depois que chegamos aqui, no outro dia se fez queimada. No começo construímos uma casinha de pau-a-pique e depois de algum tempo mudamos para a Estrada da Serrinha. Nossa vida era de sacrifício, mas para os homens era mais difícil ainda”.
Em 20 de novembro de 1937, nas proximidades do cruzeiro, o Padre Agostinho dos Santos Pereira celebrou a primeira missa do vilarejo. Com isso, oficialmente fundava-se a “Vila Áurea”, nome que homenageia Áurea de Souza Lima, filha de João Pacheco de Lima.