Westfalia, RS História da Cidade
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A faixa de CEP de Westfalia, RS é de 95893000 à 95894999 e o código IBGE do município é 4323770. Quem nasce na cidade é chamado de westfaliano e para ligar para Westfalia utilize o DDD 51.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
HISTÓRIA
Westfália, que se emancipou em 1996 de Teutônia e Imigrante, recebeu o nome em homenagem aos imigrantes que, na sua maioria, são oriundos de uma região próxima à Holanda e que integra o atual estado Renânia do Norte Westfália.
A história de Westfália, que fazia parte da Colônia Teutônia, colonizada a partir de 1858, inicia com a chegada de imigrantes alemães vindos da região de Westfália - Alemanha, e de descendentes de alemães, originários do Hunsrück.
O município integra as localidades de Linha Frank, Linha Schmidt, Berlim, Picada Moltke, Picada Bismark, Picada Horst, Köln e Linha Paissandu (antigamente conhecido por Picada Krupp), colonizada a partir de 1869. Os nomes de cada localidade homenageiam, respectivamente, os pioneiros Daniel e Jacob Frank, Cristian e Peter Schmidt e os irmãos Horst; Moltke e Bismark são em memória de pessoas do alto comando alemão: general Helmuth Erhard Moltke e Otto Eduard Leopold Bismark, unificador da Alemanha, ambos da Prússia; Berlim, lembra a capital da Prússia e da Alemanha, após a unificação em 1870: Köln, a importante cidade da região da Westfália; e o nome Krupp está ligado à siderúrgica Krupp, uma importante empresa prussiana que contribuiu para unificação da Alemanha.
A criação do município se deve a diversas pessoas, lideradas pelo saudoso empresário Enio Grave, que se uniram e apresentaram a proposta da emancipação nas diversas comunidades e encaminharam o pleito à Assembléia Legislativa do Estado. O pedido foi aprovado e a realização do plebiscito ocorreu em 24 de março de 1996, tendo sido a manifestação da população favorável pela emancipação. Em 16 de abril de 1996, através da Lei Estadual Nº 10.574, foi criado o atual município, que foi instalado, com uma administração própria, em 1º de janeiro de 2001.
Na campanha do "Sim", buscando o apoio da população, a comissão organizou o Hino da Emancipação, cantado ainda hoje em muitos encontros festivos.
CARACTERÍSTICAS
Gentílico: Westfaliano
População: 2.716 habitantes (Censo 2007)
Área (Km2): 64 Km²
Mesorregião: Centro Oriental Rio-Grandense
Microrregião: Lajeado-Estrela
Principal acesso: Rota do Sol
Distância da capital: 115 Km
- Economia
Com 80% da população residindo no meio rural, a base principal da economia de Westfália é a produção primária, na qual se destacam a produção leiteira, a suinocultura, a avicultura de corte e a avicultura de postura.
Ao lado da agropecuária, também a indústria, representada por um frigorífico de aves, metalúrgicas, fábrica de móveis e serraria, tem significativa importância para o município.
Como atividades complementares, são importantes as atividades de comércio e de serviços, como os postos de combustíveis, supermercados, lojas de materiais de construção, padarias, bancos, lojas de eletrodomésticos, lojas de vestuário, institutos de beleza, bares e restaurantes.
Com o desenvolvimento do município, novas alternativas econômicas começam a surgir, principalmente na área de agronegócios, entre as quais despontam como promissoras: a produção de cogumelos, de leite de cabra e de hortigranjeiros e a fruticultura. Várias atividades artesanais também fazem parte do cotidiano de Westfália, como a produção de vassouras, cestos e balaios, sapatos-de-pau, vinhos, queijos, doces caseiros, mel, balas e outros produtos artesanais.
Com localização estratégica e acesso privilegiado aos principais centros consumidores, Westfália apresenta condições para um contínuo desenvolvimento e um potencial significativo para o turismo. Como atrativos turísticos, dispõe de belas paisagens de vales e montanhas, matas naturais, cascatas e uma extensa área com lagoas naturais (autor: Lucildo Ahlert - Professor do Centro Universitário Univates).
- Cultura
Quando chegaram à região, a partir de 1869, os imigrantes alemães, em especial os oriundos da Westfália, trouxeram consigo costumes e tradições que os descendentes mantiveram ao longo dos anos, representando hoje parte da cultura westfaliana. A cultura vem sendo preservada através de diversas formas: corais, grupos de danças, banda municipal, culinária típica, produtos artesanais e festas como o Kerb.
Não menos importantes, também outras etnias se inserem nessa cultura, como a italiana, a africana e a portuguesa que traz como legado a língua oficial do país.
No entanto, a cultura westfaliana tem alguns diferenciais em que se destaca o tradicional sapato-de-pau, o dialeto Plattdüütsch e a arquitetura enxaimel.
Os imigrantes westfalianos, vindos de uma região próxima à Holanda com altitude próxima ao nível do mar e com áreas úmidas, estavam acostumados a utilizar um sapato feito integralmente de madeira, que os protegia do frio e da umidade. Estes costumes foram trazidos com a imigração.
Como muitos tinham experiência como artesãos, logo apareceram pessoas que começaram a fabricar o sapato-de-pau, como é chamado hoje, continuando, assim o costume de seu uso na sua nova pátria. Como fabricantes do sapato-de-pau, podem ser considerados sobrenomes como Brockmann, Wessel e Brune.
O dialeto Plattdüütsch é hoje ainda falado e entendido pela grande maioria da população, sendo, inclusive, em muitas famílias, a primeira língua a ser ensinada para os filhos e a principal a ser falada. Originário do norte da Alemanha e fazendo parte da língua saxônica, o dialeto é semelhante à língua holandesa e tem uma estreita relação com a língua inglesa, que é anglo-saxônica. No entanto, apesar de ser oriundo de uma região que integra atualmente a Alemanha, não guarda uma semelhança muito grande com a língua alemã.
Considerando que as pessoas que usavam o sapato-de-pau também falavam uma língua diferente que outros descendentes alemães, o dialeto tornou-se conhecido como "sapato-de-pau". Mais recentemente, um grupo de descendentes começou a organizar encontros a cada dois anos, conhecidos como "Encontros dos Sapato-de-Pau", buscando valorizar e preservar o dialeto entre os descendentes.
Em termos da arquitetura trazida pelos imigrantes, muitas das casas construídas em estilo enxaimel pelos primeiros moradores ainda hoje existem, fazendo parte do patrimônio arquitetônico do município.
Além desses diferenciais, observa-se também o espírito associativo que os levou a fundar, nas diversas localidades, associações, surgindo assim a comunidade escolar, a comunidade religiosa e a sociedade do canto coral. Desta organização de moradores existem hoje escolas e igrejas nas diversas localidades que formam o município.
- Turismo
Anualmente, Westfália festeja seu aniversário que atrai milhares de pessoas ao município, sendo um dos atrativos a realização de um jogo de futebol em que as chuteiras são sapatos-de-pau. Atualmente duas propriedades ligadas à produção de cogumelos, leite de cabra e chás medicinais já participam do turismo na Rota Germânica.
Westfália, que se emancipou em 1996 de Teutônia e Imigrante, recebeu o nome em homenagem aos imigrantes que, na sua maioria, são oriundos de uma região próxima à Holanda e que integra o atual estado Renânia do Norte Westfália.
A história de Westfália, que fazia parte da Colônia Teutônia, colonizada a partir de 1858, inicia com a chegada de imigrantes alemães vindos da região de Westfália - Alemanha, e de descendentes de alemães, originários do Hunsrück.
O município integra as localidades de Linha Frank, Linha Schmidt, Berlim, Picada Moltke, Picada Bismark, Picada Horst, Köln e Linha Paissandu (antigamente conhecido por Picada Krupp), colonizada a partir de 1869. Os nomes de cada localidade homenageiam, respectivamente, os pioneiros Daniel e Jacob Frank, Cristian e Peter Schmidt e os irmãos Horst; Moltke e Bismark são em memória de pessoas do alto comando alemão: general Helmuth Erhard Moltke e Otto Eduard Leopold Bismark, unificador da Alemanha, ambos da Prússia; Berlim, lembra a capital da Prússia e da Alemanha, após a unificação em 1870: Köln, a importante cidade da região da Westfália; e o nome Krupp está ligado à siderúrgica Krupp, uma importante empresa prussiana que contribuiu para unificação da Alemanha.
A criação do município se deve a diversas pessoas, lideradas pelo saudoso empresário Enio Grave, que se uniram e apresentaram a proposta da emancipação nas diversas comunidades e encaminharam o pleito à Assembléia Legislativa do Estado. O pedido foi aprovado e a realização do plebiscito ocorreu em 24 de março de 1996, tendo sido a manifestação da população favorável pela emancipação. Em 16 de abril de 1996, através da Lei Estadual Nº 10.574, foi criado o atual município, que foi instalado, com uma administração própria, em 1º de janeiro de 2001.
Na campanha do "Sim", buscando o apoio da população, a comissão organizou o Hino da Emancipação, cantado ainda hoje em muitos encontros festivos.
CARACTERÍSTICAS
Gentílico: Westfaliano
População: 2.716 habitantes (Censo 2007)
Área (Km2): 64 Km²
Mesorregião: Centro Oriental Rio-Grandense
Microrregião: Lajeado-Estrela
Principal acesso: Rota do Sol
Distância da capital: 115 Km
- Economia
Com 80% da população residindo no meio rural, a base principal da economia de Westfália é a produção primária, na qual se destacam a produção leiteira, a suinocultura, a avicultura de corte e a avicultura de postura.
Ao lado da agropecuária, também a indústria, representada por um frigorífico de aves, metalúrgicas, fábrica de móveis e serraria, tem significativa importância para o município.
Como atividades complementares, são importantes as atividades de comércio e de serviços, como os postos de combustíveis, supermercados, lojas de materiais de construção, padarias, bancos, lojas de eletrodomésticos, lojas de vestuário, institutos de beleza, bares e restaurantes.
Com o desenvolvimento do município, novas alternativas econômicas começam a surgir, principalmente na área de agronegócios, entre as quais despontam como promissoras: a produção de cogumelos, de leite de cabra e de hortigranjeiros e a fruticultura. Várias atividades artesanais também fazem parte do cotidiano de Westfália, como a produção de vassouras, cestos e balaios, sapatos-de-pau, vinhos, queijos, doces caseiros, mel, balas e outros produtos artesanais.
Com localização estratégica e acesso privilegiado aos principais centros consumidores, Westfália apresenta condições para um contínuo desenvolvimento e um potencial significativo para o turismo. Como atrativos turísticos, dispõe de belas paisagens de vales e montanhas, matas naturais, cascatas e uma extensa área com lagoas naturais (autor: Lucildo Ahlert - Professor do Centro Universitário Univates).
- Cultura
Quando chegaram à região, a partir de 1869, os imigrantes alemães, em especial os oriundos da Westfália, trouxeram consigo costumes e tradições que os descendentes mantiveram ao longo dos anos, representando hoje parte da cultura westfaliana. A cultura vem sendo preservada através de diversas formas: corais, grupos de danças, banda municipal, culinária típica, produtos artesanais e festas como o Kerb.
Não menos importantes, também outras etnias se inserem nessa cultura, como a italiana, a africana e a portuguesa que traz como legado a língua oficial do país.
No entanto, a cultura westfaliana tem alguns diferenciais em que se destaca o tradicional sapato-de-pau, o dialeto Plattdüütsch e a arquitetura enxaimel.
Os imigrantes westfalianos, vindos de uma região próxima à Holanda com altitude próxima ao nível do mar e com áreas úmidas, estavam acostumados a utilizar um sapato feito integralmente de madeira, que os protegia do frio e da umidade. Estes costumes foram trazidos com a imigração.
Como muitos tinham experiência como artesãos, logo apareceram pessoas que começaram a fabricar o sapato-de-pau, como é chamado hoje, continuando, assim o costume de seu uso na sua nova pátria. Como fabricantes do sapato-de-pau, podem ser considerados sobrenomes como Brockmann, Wessel e Brune.
O dialeto Plattdüütsch é hoje ainda falado e entendido pela grande maioria da população, sendo, inclusive, em muitas famílias, a primeira língua a ser ensinada para os filhos e a principal a ser falada. Originário do norte da Alemanha e fazendo parte da língua saxônica, o dialeto é semelhante à língua holandesa e tem uma estreita relação com a língua inglesa, que é anglo-saxônica. No entanto, apesar de ser oriundo de uma região que integra atualmente a Alemanha, não guarda uma semelhança muito grande com a língua alemã.
Considerando que as pessoas que usavam o sapato-de-pau também falavam uma língua diferente que outros descendentes alemães, o dialeto tornou-se conhecido como "sapato-de-pau". Mais recentemente, um grupo de descendentes começou a organizar encontros a cada dois anos, conhecidos como "Encontros dos Sapato-de-Pau", buscando valorizar e preservar o dialeto entre os descendentes.
Em termos da arquitetura trazida pelos imigrantes, muitas das casas construídas em estilo enxaimel pelos primeiros moradores ainda hoje existem, fazendo parte do patrimônio arquitetônico do município.
Além desses diferenciais, observa-se também o espírito associativo que os levou a fundar, nas diversas localidades, associações, surgindo assim a comunidade escolar, a comunidade religiosa e a sociedade do canto coral. Desta organização de moradores existem hoje escolas e igrejas nas diversas localidades que formam o município.
- Turismo
Anualmente, Westfália festeja seu aniversário que atrai milhares de pessoas ao município, sendo um dos atrativos a realização de um jogo de futebol em que as chuteiras são sapatos-de-pau. Atualmente duas propriedades ligadas à produção de cogumelos, leite de cabra e chás medicinais já participam do turismo na Rota Germânica.