Barão do Triunfo, RS História da Cidade

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A faixa de CEP de Barão do Triunfo, RS é de 96735000 à 96739999 e o código IBGE do município é 4301750. Quem nasce na cidade é chamado de baronense e para ligar para Barão do Triunfo utilize o DDD 51.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Em 1889, a imigração europeia chegou à região onde hoje se encontra Barão do Triun­fo. Os colonos desembarcaram em Charqueadas, porto do Rio Jacuí, e daí rumaram em carro­ças puxadas por bois até o local chamado Faxinal, onde foram alojados em barracões construí­dos pelo governo, até se instalarem definitivamente nos lotes de imigração. Partindo de Faxi­nal com suas famílias e todos os seus pertences (ferramentas rudimentares fornecidas pelo governo da província, tais como foices, machados, picões, enxadas, facões) iam abrindo seu próprio caminho e traçando seu destino. A caminhada foi penosa. Em todo o trajeto foram encontradas dificuldades que retardavam o avanço, tais como animais selvagens, matas de di­fícil penetração, terreno acidentado, etc. 
Chegando ao local de destino, os imigrantes foram distribuídos em linhas já demarca­das. Os italianos foram assentados nas linhas Dona Francisca, Dona Amélia, Estrada Geral e no local que havia sido destinado para ser a sede da Colônia de Barão do Triunfo. Esse nome foi escolhido em homenagem ao general José Joaquim de Andrade Neves, que se destacou na Guerra dos Farrapos, entre 1835 e 1845. Os poloneses também ocuparam parte da Estrada Ge­ral e do local que hoje é conhecido como Arroio Grande. Os alemães foram assentados nas li­nhas Artur Vilela, Alfredo Silveira e Fernando Abott. Os espanhóis ficaram em parte das li­nhas Alfredo Silveira, Acioli, Brandão e José Montauri. Os suecos, os austríacos e os france­ses, que estavam em pequenos grupos, foram distribuídos em todas as linhas.
Depois de alojados em seus lotes e adaptados ao meio, iniciou-se efetivamente a colo­nização. Mesmo sem tecnologia para a agricultura, as colheitas eram fartas, devido à fertilida­de das terras. Cada grupo de imigrantes produzia o que conhecia de seu país de origem. A pro­dução gradativamente foi aumentando. O excedente da produção passou a ser comercializado nas cidades próximas, como Barra do Ribeiro, Guaíba, Arroio dos Ratos e São Jerônimo. Eram os carroceiros da vila que realizavam o transporte: com seus carroções puxados por bur­ros, eles levavam os produtos, que trocavam por outros não existentes na localidade. Essas via­gens levavam por volta de quinze dias, e, entre os produtos comercializados, destacavam-se o vinho, a cachaça, o trigo, o milho e o feijão. 
Nos primeiros anos, houve um período de progresso na localidade. Os imigrantes aproveitaram as quedas d’água do local para instalarem pequenas serrarias, moinhos de trigo e milho, descascadeiras de arroz e, também, para produzir energia elétrica. Porém, houve um fator que contribuiu decisivamente para o atraso do desenvolvimento do distrito de Barão do Triunfo, que foi o desastre ecológico ocorrido no dia 15 de janeiro de 1941, quando uma gran­de enchente destruiu, em poucos minutos, residências, moinhos, serrarias, plantações, canti­nas, criações, pontes e pontilhões. O próprio leito do Arroio Baicuru, em certos trechos, foi desviado pela violência das águas. Somente a ponte de Faxinal ficou em pé. Durante dois anos, o distrito ficou isolado do resto do município. Passou a faltar tudo. A agricultura foi des­truída e de fora nada podia chegar, pois não havia estradas, nem pontes; só a pé ou, raramen­te, a cavalo se podia ainda chegar ali. Muitos foram embora, para tentar a sorte em outros lu­gares. Os que permaneceram tiveram que recomeçar do nada, como seus antepassados. Após muita luta e perseverança, vieram dias melhores. 
Um fator que contribuiu para minimizar o impacto da enchente foi a criação do Sindi­cato dos Trabalhadores Rurais em Barão do Triunfo. Por iniciativa do vigário local, padre José Wiest, o sindicato foi fundado no dia 13 de setembro de 1963, tendo como primeiro pre­sidente Adario Salatti e como secretário Ludvig Baselevitz.  Contava no momento da funda­ção com 113 associados, chegando hoje a ter mais de quatro mil trabalhadores sindicalizados.