Aceguá, RS História da Cidade

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A faixa de CEP de Aceguá, RS é de 96445000 à 96449999 e o código IBGE do município é 4300034. Quem nasce na cidade é chamado de aceguaense e para ligar para Aceguá utilize o DDD 53.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Os primeiros habitantes da região de Aceguá foram indígenas dos campos do Rio Grande do Sul: charruas, guenoas e minuanos. O mais antigo relato histórico remonta a 1660, quando os espanhóis vindos da Banda Oriental penetraram pela serrania de Aceguá e fundaram a redução de Santo André dos Guenoas, em 1683. A próxima notícia histórica sobre a região é de dezembro de 1753, quando exércitos portugueses e espanhóis chegaram às cabeceiras do rio Negro, território hoje pertencente ao Uruguai. Devido à promoção de oficiais que ocorreu durante uma solenidade militar, o local foi denominado Campo das Mercês; nos dias atuais, esse é o ponto de encontro de três distritos do município de Aceguá (Colônia Nova, Minuano e Rio Negro).
A formação da vila do Aceguá, situada na fronteira seca entre Brasil e Uruguai, é resultante do comércio informal entre os dois países. Sua composição étnica é diversificada: dos dois lados da fronteira, descendentes de portugueses, espanhóis, índios e negros formaram o gaúcho. Posteriormente a região recebeu a colonização alemã, proveniente nas comunidades rurais de Colônia Nova, Colônia Médici e Colônia Pioneira, e também a imigração árabe, que dinamizou o comércio local.
O nome Aceguá tem origem na língua tupi: yace-guab tem diversos significados: “lugar de descanso eterno”, indicando o local alto que os indígenas escolhiam para viver seus últimos dias, por proporcionar alentadora visão panorâmica e proximidade com o céu; “terra alta e fria”, apontando as características geográfica e climática do local; e ainda “seios da lua”, em alusão aos cerros altos da serra do Aceguá. No folclore popular da região existe outra explicação: o nome Aceguá derivaria de uma espécie de lobo pequeno, denominado guará ou sorro, abundante na região. Os mercadores que por ali passavam há mais de dois séculos, ao ouvir o uivo dos lobos, diriam: “Hay um bicho que hace guá” (“Há um bicho que faz guá”).