Pontes e Lacerda, MT História da Cidade
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A faixa de CEP de Pontes e Lacerda, MT é de 78250000 à 78252999 e o código IBGE do município é 5106752. Quem nasce na cidade é chamado de lacerdense e para ligar para Pontes e Lacerda utilize o DDD 65.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
A história de Pontes e Lacerda remonta aos anos de 1784. A denominação Pontes e Lacerda é uma homenagem aos astrônomos e cartógrafos Antônio Pires da Silva Pontes Leme (mineiro) e Francisco José de Lacerda e Almeida (paulista) que passaram pela região em 1784, com a missão de elaborar a primeira carta geográfica dos rios da região. Partindo de Vila Bela da Santíssima Trindade, descreveram os rios das bacias Amazônica e do Prata. Ambos eram diplomados pela Universidade de Coimbra, Portugal.
Os primeiros habitantes da região do município de Pontes e Lacerda foram os índios Nambikwara. Eles eram denominados pelos paulistas de Cabixi ou Cavixi. Depois vieram os paulistas como os primeiros desbravadores da região. Com a chegada deles, ocorreu o processo de dizimação da tribo por problemas de aculturação, doenças, entre outros. Apesar de tudo disso, ainda hoje uma parte desse povo vive na região, mais precisamente na reserva denominada Sararé.
O mérito da conservação da cultura indígena na região é atribuída ao padre Antônio Iási Júnior, pois ele conquistou a estabilização dessa área indígena. Contribuiu decididamente para superar as crises provocadas pelos fazendeiros da região, luta que provocou a intervenção do Exército para a demarcação de uma reserva, denominada de Sararé.
Em 1906 a região, onde hoje se localiza a cidade de Pontes e Lacerda, passou a ser objeto de trabalho da Comissão de Linhas Telegráficas Estratégicas do Mato Grosso ao Amazonas, comumente denominada Comissão Rondon. Na cidade estava instalada a estação telegráfica da linha variante entre Cáceres e Vila Bela da Santíssima Trindade (à época era denominada de Mato Grosso). O encarregado geral dessa estação foi o Sr. Antônio Colombo. O seu filho, Emiliano Coleto da Cunha, atuava como atendente de telefonia, e o Sr. Benedito Francisco da Silva, como guarda-linha.
Nessa época, o local onde se estabeleceu o prédio da Estação de Telégrafo, começou a ser conhecido como “Vila dos Pretos”. Foi a partir dessa vila que se originou a cidade de Pontes e Lacerda.
Em 19 de julho de 1909, o governo do estado destinou 3.600 hectares de terras para o centro da povoação. No entanto, a ocupação se deu de forma lenta.
A 22 de julho de 1947, Mariano Pires de Campos chegou a Pontes e Lacerda, acompanhado de 22 índios do povo Pareci, seguindo o Rio Guaporé e ocupando-se com a extração da poaia, planta da família das rubiáceas, nativa do Brasil encontrada na Amazônia, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e a região Centro-Oeste. Suas raízes apresentam propriedades eméticas, expectorantes e antidisentéricas.
No dia 02 de setembro de 1955, teve início a medição de terras na região pela Colonizadora Sul Brasil, na localidade denominada Pindaituba, tendo como chefe o Sr. Jorge Lemos.
No ano de 1960, chegou o Sr. Joaquim Goulart, proveniente de Barretos - SP, trazendo consigo algumas famílias. Abriu uma fazenda às margens do córrego da Onça, plantando os primeiros pastos do futuro município de Pontes e Lacerda. Joaquim Goulart trouxe consigo uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. Logo, as poucas famílias católicas da época entronizaram a imagem numa pequena igreja construída na “Vila dos Pretos”, atual Vila Guaporé.
Em 1962, chegou a Pontes e Lacerda uma equipe do Departamento Nacional de Estradas e Rodagem - DNER, a fim de abrir uma estrada em direção a Vila Bela da Santíssima Trindade. Até então este percurso era feito a pé ou a cavalo através das pequenas trilhas que cortavam a densa floresta da região. Segundo depoimento de um dos moradores, senhora Ervelina Francisca Ramos, o trecho entre Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade, ficou foi entregue no dia 23 de dezembro de 1962.
O desenvolvimento geral do estado de Mato Grosso influenciou no desenvolvimento de Pontes e Lacerda, além das facilidades promovidas pelo estado. Entre elas estava a venda de terras a custo baixo. O Governo Federal desenvolveu planos de arrimo por meio de abertura de estradas e projetos da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia - SUDAM e da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste – SUDECO.
O afluxo de migrantes à região foi intenso, de modo especial a partir do momento da descoberta de ouro na região, entre os anos de 1970 e 1980, nos garimpos da Serra de Santa Bárbara e do Caldeirão.
Os primeiros habitantes da região do município de Pontes e Lacerda foram os índios Nambikwara. Eles eram denominados pelos paulistas de Cabixi ou Cavixi. Depois vieram os paulistas como os primeiros desbravadores da região. Com a chegada deles, ocorreu o processo de dizimação da tribo por problemas de aculturação, doenças, entre outros. Apesar de tudo disso, ainda hoje uma parte desse povo vive na região, mais precisamente na reserva denominada Sararé.
O mérito da conservação da cultura indígena na região é atribuída ao padre Antônio Iási Júnior, pois ele conquistou a estabilização dessa área indígena. Contribuiu decididamente para superar as crises provocadas pelos fazendeiros da região, luta que provocou a intervenção do Exército para a demarcação de uma reserva, denominada de Sararé.
Em 1906 a região, onde hoje se localiza a cidade de Pontes e Lacerda, passou a ser objeto de trabalho da Comissão de Linhas Telegráficas Estratégicas do Mato Grosso ao Amazonas, comumente denominada Comissão Rondon. Na cidade estava instalada a estação telegráfica da linha variante entre Cáceres e Vila Bela da Santíssima Trindade (à época era denominada de Mato Grosso). O encarregado geral dessa estação foi o Sr. Antônio Colombo. O seu filho, Emiliano Coleto da Cunha, atuava como atendente de telefonia, e o Sr. Benedito Francisco da Silva, como guarda-linha.
Nessa época, o local onde se estabeleceu o prédio da Estação de Telégrafo, começou a ser conhecido como “Vila dos Pretos”. Foi a partir dessa vila que se originou a cidade de Pontes e Lacerda.
Em 19 de julho de 1909, o governo do estado destinou 3.600 hectares de terras para o centro da povoação. No entanto, a ocupação se deu de forma lenta.
A 22 de julho de 1947, Mariano Pires de Campos chegou a Pontes e Lacerda, acompanhado de 22 índios do povo Pareci, seguindo o Rio Guaporé e ocupando-se com a extração da poaia, planta da família das rubiáceas, nativa do Brasil encontrada na Amazônia, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e a região Centro-Oeste. Suas raízes apresentam propriedades eméticas, expectorantes e antidisentéricas.
No dia 02 de setembro de 1955, teve início a medição de terras na região pela Colonizadora Sul Brasil, na localidade denominada Pindaituba, tendo como chefe o Sr. Jorge Lemos.
No ano de 1960, chegou o Sr. Joaquim Goulart, proveniente de Barretos - SP, trazendo consigo algumas famílias. Abriu uma fazenda às margens do córrego da Onça, plantando os primeiros pastos do futuro município de Pontes e Lacerda. Joaquim Goulart trouxe consigo uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. Logo, as poucas famílias católicas da época entronizaram a imagem numa pequena igreja construída na “Vila dos Pretos”, atual Vila Guaporé.
Em 1962, chegou a Pontes e Lacerda uma equipe do Departamento Nacional de Estradas e Rodagem - DNER, a fim de abrir uma estrada em direção a Vila Bela da Santíssima Trindade. Até então este percurso era feito a pé ou a cavalo através das pequenas trilhas que cortavam a densa floresta da região. Segundo depoimento de um dos moradores, senhora Ervelina Francisca Ramos, o trecho entre Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade, ficou foi entregue no dia 23 de dezembro de 1962.
O desenvolvimento geral do estado de Mato Grosso influenciou no desenvolvimento de Pontes e Lacerda, além das facilidades promovidas pelo estado. Entre elas estava a venda de terras a custo baixo. O Governo Federal desenvolveu planos de arrimo por meio de abertura de estradas e projetos da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia - SUDAM e da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste – SUDECO.
O afluxo de migrantes à região foi intenso, de modo especial a partir do momento da descoberta de ouro na região, entre os anos de 1970 e 1980, nos garimpos da Serra de Santa Bárbara e do Caldeirão.