Vazante, MG História da Cidade
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A faixa de CEP de Vazante, MG é de 38780000 à 38784999 e o código IBGE do município é 3171006. Quem nasce na cidade é chamado de vazantino e para ligar para Vazante utilize o DDD 34.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Vazante
Minas Gerais - MG
Histórico
Vazante não surgiu com tropeiros em busca do ouro e muito menos por possuir prados amenos. Nasceu de uma visão da imagem de Nossa Senhora da Lapa em uma de suas grutas por um casal de viajantes, vindo em seguida uma capela e em torno desta o casario.
Nossa região já fora planilhada pelos civilizados em inícios do século XIX. Augusto de Sain-Hilaire em "Viagem às nascentes do Rio São Francisco", quando fala de nossa região, exalta a existência de uma serra, que como Araxá, Salitre, Serra Negra, brotam águas minerais que substituem o sal para o gado bovino.
A serra trata-se da Serra da Lapa e as águas minerais são as que se encontram nas proximidades do poço verde.
Primitivamente nosso primeiro nome foi Lapa, cujo território era constituído da Fazenda Vazante (durante os períodos das chuvas os 2 rios da região transbordavam provocando as cheias, também chamadas vazantes dos rios).
O povoamento de Vazante surge, propriamente, em virtude da visão da Lapa, que ocasionou uma grande romaria ao local.
O início do povoado, onde se formaria a futura cidade, se deu, realmente, por volta do ano de 1920. Foi justamente quando se procedeu a divisão da fazenda Vazante, com a separação do patrimônio de Nossa Senhora da Lapa.
Esse patrimônio foi doado por Ana Gonçalves (conhecida por Ana Pintada), Gervásio Gonçalves dos Santos e Gustavo Alves Rosa. Tratava-se de uma gleba de 20 alqueires, dentro da área da referida fazenda, sem local definido. Como não havia divisão oficial, em 1917, foi demarcada no lugar onde se encontra a cidade.
Em torno da capela surgiram as primeiras casas. Além das residências veio à casa comercial, onde se vendia de tudo. Depois apareceu a escola. Estruturou-se a primeira rua, a atual Rua Salatiel Corrêa. Outras iam surgindo, com casas bem construídas. Era o arraial de Vazante que nascia do Distrito de Guarda-Mor, no município de Paracatu.
Com o desenvolvimento do povoado em torno da capela, pleiteou-se a criação do distrito de Vazante. Acredita-se, quem esteve à frente desse movimento foi a Irmandade de Nossa Senhora da Lapa, também conhecida como Grupo dos 12. O distrito foi criado pelo governador Benedito Valadares, através do seu Decreto-Lei 148, de 17 de dezembro de 1938.
Todo o seu território foi desmembrado do distrito de Guarda-Mor, criado em junho de 1858, no município de Paracatu.
Apesar de criado o distrito em 1938, somente em 1944 se instalou o Cartório de Paz e Notas, cujo livro 001 teve o termo de abertura no dia 29 de abril de 1944.
A descoberta do minério de zinco se deu em 1933, através de pesquisas realizadas pelo engenheiro chileno Ângelo Custódio Solis. Esta descoberta foi confirmada anos depois pelo geólogo Alberto Vellasco da Cia. Níquel Tocantins do Grupo Votorantim.
Nascia então a grande exploração do zinco que culminou com a primeira viagem de minério para a fábrica de Três Marias da Cia. Mineira de Metais em 1969.
Junto a este empreendimento o município cresceu muito nos últimos 30 anos.
Já na década de 90, com a queda do valor do zinco no mercado nacional e internacional, devido à abertura econômica ocorrida nos países da antiga União Soviética, Vazante sofreu e sofre duros golpes em sua economia.
O governo estadual, através da lei 336, de 27 de dezembro de 1948, estabeleceu modificações qüinqüenais - 1948/1953 - no quadro de divisão territorial no Estado, para criação de novos municípios.
Diante disso, as lideranças de Guarda-Mor logo se movimentaram pleiteando a sua emancipação. Vazante também sede distrital, não se deu a esse trabalho, pois o distrito não atingia às exigências legais, tanto de renda como população, para adquirir vida autônoma. Guarda-Mor não obstante a sede possuir pouco mais de 180 casas, preenchia os demais requisitos. Formou-se, então, uma comissão, sob a presidência de Joaquim da Silva Pena, para pleitear a emancipação. Reuniram-se em Claro de Minas e solicitaram apoio dos moradores de Vazante, inclusive o financeiro.
Os vazantinos concordavam com a emancipação de Guarda-Mor pelo fato de ficar mis perto que de Paracatu, e também porque alimentavam a esperança de o novo município ter como prefeito uma pessoa de Vazante, que seria impossível acontecer enquanto distrito de Paracatu.
A liderança guarda-morense pressentiu algo obscuro na certeza da emancipação de seu distrito. Havia um perigo muito grande parado no ar. Logo tratou de trabalhar junto à liderança de Vazante para reverter o quadro que parecia muito sombrio. De imediato solicitou de Camilo Rodovalho, um telegrama endereçado ao deputado José Vargas, nos seguintes termos: Não trava a emancipação de Guarda-Mor que Vazante não está à altura de ser emancipado.
Camilo Rodovalho, através de carta, pediu a Salatiel Valeriano e a Osório Marra, colocassem a sua assinatura no referido telegrama.
O portador da carta e do telegrama veio encontrar Salatiel muito doente, já desenganado pelos médicos que o assistiam. Osório Marra concordou em assinar, mas não quis levar ao conhecimento de Salatiel a sua atitude, em razão de seu precário estado de saúde. Dona Leolina Eufrásia de Jesus também lá se encontrava. Osório Marra solicitou-lhe que assinasse no lugar de Salatiel. Ela, taxativamente, se negou a fazê-lo.
Alírio Rosa, presenciando a tudo, reúne-se, no Cartório de Registro de Vazante, com Sebastião Corrêa Rabelo (escrivão), Waldemar Cavalcanti (comerciante), Antônio Mota (fazendeiro), Custódio Gonçalves Sobrinho (sitiante), Afonso José Ferreira (comerciante), Ubaldino Resende (comerciante), Otávio Ferreira (fazendeiro), Manoel Rodrigues Pires (professor) e comunicou-lhes o que estava acontecendo.
Sebastião Rabelo Corrêa redigiu um abaixo-assinado e o encabeçou, contrariando os termos do referido telegrama e solicitando a emancipação de Vazante. Todos os presentes o assinaram. Manoel Rodrigues Pires saiu colhendo assinatura dos moradores da Vila. O escrivão reconheceu as firmas de todos os signatários e quis colocar o documento no correio, endereçado ao deputado José Vargas. Receosos de que o telegrama, a ser passado em Paracatu, chegasse primeiro, fizeram um caixa e mandaram Ubaldino Resende levar o documento e entregá-lo, em mãos, ao deputado José Vargas. Isso foi concretizado com a maior presteza, evitando-se assim, talvez, que Vazante continuasse por mais algum tempo como sede distrital.
O fato é que através da Lei 1.039, de 12 de dezembro de 1953, sancionada pelo governador Juscelino Kubitschek de Oliveira, o distrito de Vazante é emancipado do de Paracatu e ficou constituído dos Distritos-Sede (Vazante), Guarda-Mor e Claro de Minas.
Na mesma ocasião, até serem realizadas as eleições municipais é nomeado pela Secretaria de Estado do Interior, em comissão, o intendente municipal, na pessoa do advogado Antônio Ribeiro, a quem caberia instalar o município em 1 de janeiro de 1954 e administrá-lo até a posse do primeiro prefeito eleito em 31 de janeiro de 1955.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Vazantes, pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, com terras desmembradas do distrito de Guarda-Mor, subordinado ao município de Paracatu.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Vazantes figura no município de Paracatu.
Pela lei nº 336, de 27-12-1948, o distrito de Vazante teve sua grafia alterada para Vasante.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Vasante (ex-Vazante) figura no município de Paracatu.
Elevado à categoria de município com a denominação de Vazante, pela lei nº 1039, de 12-12-1953, desmembrado de Paracatu. Sede no atual distrito de Vazante (ex-Vasante). Constituído de 3 distritos : Vasante, Guarda Mor e Claro de Minas, os dois primeiros desmembrados de Paracatu e Claro de Minas criado pela mesma lei acima citada. Instalado em 01-01-1954.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 3 distritos: Vazante, Claro de Minas e Guarda Mor.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela lei estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembra do município de Vazante o distrito de Guarda-Mor. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1963, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Retificação de grafia
Vazante para Vasante, alterado pela lei nº 336, de 27-12-1948.
Vasante para Vazante, alterado pela lei nº 1039, de 12-12-1953.
Minas Gerais - MG
Histórico
Vazante não surgiu com tropeiros em busca do ouro e muito menos por possuir prados amenos. Nasceu de uma visão da imagem de Nossa Senhora da Lapa em uma de suas grutas por um casal de viajantes, vindo em seguida uma capela e em torno desta o casario.
Nossa região já fora planilhada pelos civilizados em inícios do século XIX. Augusto de Sain-Hilaire em "Viagem às nascentes do Rio São Francisco", quando fala de nossa região, exalta a existência de uma serra, que como Araxá, Salitre, Serra Negra, brotam águas minerais que substituem o sal para o gado bovino.
A serra trata-se da Serra da Lapa e as águas minerais são as que se encontram nas proximidades do poço verde.
Primitivamente nosso primeiro nome foi Lapa, cujo território era constituído da Fazenda Vazante (durante os períodos das chuvas os 2 rios da região transbordavam provocando as cheias, também chamadas vazantes dos rios).
O povoamento de Vazante surge, propriamente, em virtude da visão da Lapa, que ocasionou uma grande romaria ao local.
O início do povoado, onde se formaria a futura cidade, se deu, realmente, por volta do ano de 1920. Foi justamente quando se procedeu a divisão da fazenda Vazante, com a separação do patrimônio de Nossa Senhora da Lapa.
Esse patrimônio foi doado por Ana Gonçalves (conhecida por Ana Pintada), Gervásio Gonçalves dos Santos e Gustavo Alves Rosa. Tratava-se de uma gleba de 20 alqueires, dentro da área da referida fazenda, sem local definido. Como não havia divisão oficial, em 1917, foi demarcada no lugar onde se encontra a cidade.
Em torno da capela surgiram as primeiras casas. Além das residências veio à casa comercial, onde se vendia de tudo. Depois apareceu a escola. Estruturou-se a primeira rua, a atual Rua Salatiel Corrêa. Outras iam surgindo, com casas bem construídas. Era o arraial de Vazante que nascia do Distrito de Guarda-Mor, no município de Paracatu.
Com o desenvolvimento do povoado em torno da capela, pleiteou-se a criação do distrito de Vazante. Acredita-se, quem esteve à frente desse movimento foi a Irmandade de Nossa Senhora da Lapa, também conhecida como Grupo dos 12. O distrito foi criado pelo governador Benedito Valadares, através do seu Decreto-Lei 148, de 17 de dezembro de 1938.
Todo o seu território foi desmembrado do distrito de Guarda-Mor, criado em junho de 1858, no município de Paracatu.
Apesar de criado o distrito em 1938, somente em 1944 se instalou o Cartório de Paz e Notas, cujo livro 001 teve o termo de abertura no dia 29 de abril de 1944.
A descoberta do minério de zinco se deu em 1933, através de pesquisas realizadas pelo engenheiro chileno Ângelo Custódio Solis. Esta descoberta foi confirmada anos depois pelo geólogo Alberto Vellasco da Cia. Níquel Tocantins do Grupo Votorantim.
Nascia então a grande exploração do zinco que culminou com a primeira viagem de minério para a fábrica de Três Marias da Cia. Mineira de Metais em 1969.
Junto a este empreendimento o município cresceu muito nos últimos 30 anos.
Já na década de 90, com a queda do valor do zinco no mercado nacional e internacional, devido à abertura econômica ocorrida nos países da antiga União Soviética, Vazante sofreu e sofre duros golpes em sua economia.
O governo estadual, através da lei 336, de 27 de dezembro de 1948, estabeleceu modificações qüinqüenais - 1948/1953 - no quadro de divisão territorial no Estado, para criação de novos municípios.
Diante disso, as lideranças de Guarda-Mor logo se movimentaram pleiteando a sua emancipação. Vazante também sede distrital, não se deu a esse trabalho, pois o distrito não atingia às exigências legais, tanto de renda como população, para adquirir vida autônoma. Guarda-Mor não obstante a sede possuir pouco mais de 180 casas, preenchia os demais requisitos. Formou-se, então, uma comissão, sob a presidência de Joaquim da Silva Pena, para pleitear a emancipação. Reuniram-se em Claro de Minas e solicitaram apoio dos moradores de Vazante, inclusive o financeiro.
Os vazantinos concordavam com a emancipação de Guarda-Mor pelo fato de ficar mis perto que de Paracatu, e também porque alimentavam a esperança de o novo município ter como prefeito uma pessoa de Vazante, que seria impossível acontecer enquanto distrito de Paracatu.
A liderança guarda-morense pressentiu algo obscuro na certeza da emancipação de seu distrito. Havia um perigo muito grande parado no ar. Logo tratou de trabalhar junto à liderança de Vazante para reverter o quadro que parecia muito sombrio. De imediato solicitou de Camilo Rodovalho, um telegrama endereçado ao deputado José Vargas, nos seguintes termos: Não trava a emancipação de Guarda-Mor que Vazante não está à altura de ser emancipado.
Camilo Rodovalho, através de carta, pediu a Salatiel Valeriano e a Osório Marra, colocassem a sua assinatura no referido telegrama.
O portador da carta e do telegrama veio encontrar Salatiel muito doente, já desenganado pelos médicos que o assistiam. Osório Marra concordou em assinar, mas não quis levar ao conhecimento de Salatiel a sua atitude, em razão de seu precário estado de saúde. Dona Leolina Eufrásia de Jesus também lá se encontrava. Osório Marra solicitou-lhe que assinasse no lugar de Salatiel. Ela, taxativamente, se negou a fazê-lo.
Alírio Rosa, presenciando a tudo, reúne-se, no Cartório de Registro de Vazante, com Sebastião Corrêa Rabelo (escrivão), Waldemar Cavalcanti (comerciante), Antônio Mota (fazendeiro), Custódio Gonçalves Sobrinho (sitiante), Afonso José Ferreira (comerciante), Ubaldino Resende (comerciante), Otávio Ferreira (fazendeiro), Manoel Rodrigues Pires (professor) e comunicou-lhes o que estava acontecendo.
Sebastião Rabelo Corrêa redigiu um abaixo-assinado e o encabeçou, contrariando os termos do referido telegrama e solicitando a emancipação de Vazante. Todos os presentes o assinaram. Manoel Rodrigues Pires saiu colhendo assinatura dos moradores da Vila. O escrivão reconheceu as firmas de todos os signatários e quis colocar o documento no correio, endereçado ao deputado José Vargas. Receosos de que o telegrama, a ser passado em Paracatu, chegasse primeiro, fizeram um caixa e mandaram Ubaldino Resende levar o documento e entregá-lo, em mãos, ao deputado José Vargas. Isso foi concretizado com a maior presteza, evitando-se assim, talvez, que Vazante continuasse por mais algum tempo como sede distrital.
O fato é que através da Lei 1.039, de 12 de dezembro de 1953, sancionada pelo governador Juscelino Kubitschek de Oliveira, o distrito de Vazante é emancipado do de Paracatu e ficou constituído dos Distritos-Sede (Vazante), Guarda-Mor e Claro de Minas.
Na mesma ocasião, até serem realizadas as eleições municipais é nomeado pela Secretaria de Estado do Interior, em comissão, o intendente municipal, na pessoa do advogado Antônio Ribeiro, a quem caberia instalar o município em 1 de janeiro de 1954 e administrá-lo até a posse do primeiro prefeito eleito em 31 de janeiro de 1955.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Vazantes, pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, com terras desmembradas do distrito de Guarda-Mor, subordinado ao município de Paracatu.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Vazantes figura no município de Paracatu.
Pela lei nº 336, de 27-12-1948, o distrito de Vazante teve sua grafia alterada para Vasante.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Vasante (ex-Vazante) figura no município de Paracatu.
Elevado à categoria de município com a denominação de Vazante, pela lei nº 1039, de 12-12-1953, desmembrado de Paracatu. Sede no atual distrito de Vazante (ex-Vasante). Constituído de 3 distritos : Vasante, Guarda Mor e Claro de Minas, os dois primeiros desmembrados de Paracatu e Claro de Minas criado pela mesma lei acima citada. Instalado em 01-01-1954.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 3 distritos: Vazante, Claro de Minas e Guarda Mor.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela lei estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembra do município de Vazante o distrito de Guarda-Mor. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1963, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Retificação de grafia
Vazante para Vasante, alterado pela lei nº 336, de 27-12-1948.
Vasante para Vazante, alterado pela lei nº 1039, de 12-12-1953.