Santana do Paraíso, MG História da Cidade
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A faixa de CEP de Santana do Paraíso, MG é de 35179000 à 35179999 e o código IBGE do município é 3158953. Quem nasce na cidade é chamado de paraisense e para ligar para Santana do Paraíso utilize o DDD 33.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
De região inóspita a um município industrializado, Santana do Paraíso é considerado o “caçula” da Região Metropolitana do Vale do Aço. Apesar de ter se emancipado somente em 1992 (dia 28 de abril), a cidade guarda muitas histórias e é um exemplo da luta dos desbravadores que chegaram à região alguns séculos atrás.
No reinado de Dom João VI, a atual cidade de Santana do Paraíso era uma região inóspita, que foi entregue às autoridades portuguesas como parte do projeto de “civilização” dos nativos Nack-ne-nuck, índios descendentes dos Aimorés, do grupo Tapuia e do tronco linguístico Macro-Jê.
Em 1809, Dom João VI determinou a ocupação dessa região por tropas nacionais e, na divisão, as terras do município passaram a pertencer à 1ª Divisão Militar do Rio Doce. Essa Região Militar foi entregue a Antônio Rodrigues Taborda, que comandava ações de ocupação de terra e combatia a resistência dos índios, apelidados de “botocudos” devido aos ornamentos que utilizavam, principalmente nos lábios.
A administração das Regiões Militares, porém, revelou-se um grande fracasso. Conforme o historiador Osvaldo Aredes Louzada Filho, a maior dificuldade na época era encontrar homens para adentrar a densa mata, enfrentar os índios e a febre, o que fez com que o rei de Portugal reestruturasse as Divisões Militares, nomeando o francês Guido Marliére como administrador geral do Rio Doce, a partir de 1819.
O historiador sustenta que o processo de ocupação de Santana do Paraíso é mais antigo que o dos demais municípios do Vale do Aço. O território da margem esquerda do rio Doce (a oeste do rio) esteve ligado diretamente à fase áurea da mineração em Minas Gerais, e tinha no município de Ferros – ao qual o então distrito de Sant’Anna pertencia, entre 1892 e 1923 – uma referência para os moradores da região.
No final do século XIX, o local onde se construiu a cidade não passava de um ponto de tropeiros que faziam a rota ligando a região do Calado, atual Coronel Fabriciano, ao município de Ferros. As tropas, vindas geralmente de Antônio Dias, passavam pelo Calado e por Barra Alegre (atual distrito de Ipatinga), e, para seguir até o Achado, tinham que passar pelo então povoado de Taquaraçu, subindo a Serra do Chico Lucas e seguindo viagem em direção a Ferros.
A cachoeira do Engelho Velho, ou Taquaraçu, no centro da cidade, próximo ao local onde hoje se situa o prédio da Prefeitura Municipal, era a preferida pelos tropeiros para o seu descanso. Ao longo dos anos as tropas foram aumentando, e a margem da cachoeira acabou se transformando num importante centro comercial.
De acordo com Osvaldo Aredes, os tropeiros foram os principais responsáveis pelo ciclo econômico de Santana do Paraíso, que atualmente possui várias indústrias e o único aeroporto do Vale do Aço. As cachoeiras eram – e continuam sendo, alguns séculos depois – o ponto de referência mais significativo da região, “comprovando, assim, o privilégio de possuir recursos naturais mais significativos que os municípios vizinhos”.
A “Fazenda da Cachoeira do Engenho” teria sido o primeiro centro comercial de Santana do Paraíso, com moinho e máquinas de limpar café e arroz. Logo surgiram outros armazéns de cereais e novos moradores começavam a chegar, motivados principalmente pela beleza do lugar e pela fartura da caça e da pesca.
O primeiro nome da cidade, Taquaraçu, homenageava um tipo de vegetação muito comum, e que significa “grande bambu”. O território do atual município pertenceu antes à Itabira do Mato Dentro, e foi elevado a distrito em 1892.
No início do Século XX, com a chegada da Estrada de Ferro Vitória Minas, a região passou a experimentar um grande crescimento demográfico, com o aumento considerável de fazendeiros e de produtores rurais que sonhavam escoar a produção agrícola pelo caminho de ferro em direção a Itabira e a Figueira do Rio Doce (atual Governador Valadares).
A linha férrea passava pelo “Porto do Sal”, atual bairro de Ipaba do Paraíso, que se transformou num grande entreposto comercial no final do século XIX. Nessa época, em vez dos tropeiros, destacavam-se os boteiros, responsáveis pelo transporte de mercadorias, que atendiam, ainda, todo o extenso município de Caratinga.
Depois de construída a ferrovia, o atual bairro conhecido como Ipabinha ganhou mais importância comercial. Foi dali que partiram os homens que construiriam a Estação de Pedra Mole, que depois daria origem ao município de Ipatinga.
Em 1923, Minas Gerais sofreu uma nova subdivisão territorial, e o então distrito de Conceição de Mato Dentro foi anexado ao município de Mesquita. Nesse período, Santana do Paraíso local viveu uma fase de estagnação, até a chegada da siderurgia à região, primeiro com a construção da Acesita, em meados dos anos 40, e depois da Usiminas, no final dos anos 50. No território de Santana do Paraíso foi construído o aeroporto da Usiminas, juntamente com o Distrito Industrial, que hoje abriga um grande número de empresas às margens da BR-381.
A partir da sua emancipação, no dia 28 de abril de 1992, Santana do Paraíso começou a viver mais um ciclo econômico, com aumento do número de indústrias e um grande crescimento da sua área urbana, através da formação de novos bairros e loteamentos feitos por empresas do setor imobiliário.
No reinado de Dom João VI, a atual cidade de Santana do Paraíso era uma região inóspita, que foi entregue às autoridades portuguesas como parte do projeto de “civilização” dos nativos Nack-ne-nuck, índios descendentes dos Aimorés, do grupo Tapuia e do tronco linguístico Macro-Jê.
Em 1809, Dom João VI determinou a ocupação dessa região por tropas nacionais e, na divisão, as terras do município passaram a pertencer à 1ª Divisão Militar do Rio Doce. Essa Região Militar foi entregue a Antônio Rodrigues Taborda, que comandava ações de ocupação de terra e combatia a resistência dos índios, apelidados de “botocudos” devido aos ornamentos que utilizavam, principalmente nos lábios.
A administração das Regiões Militares, porém, revelou-se um grande fracasso. Conforme o historiador Osvaldo Aredes Louzada Filho, a maior dificuldade na época era encontrar homens para adentrar a densa mata, enfrentar os índios e a febre, o que fez com que o rei de Portugal reestruturasse as Divisões Militares, nomeando o francês Guido Marliére como administrador geral do Rio Doce, a partir de 1819.
O historiador sustenta que o processo de ocupação de Santana do Paraíso é mais antigo que o dos demais municípios do Vale do Aço. O território da margem esquerda do rio Doce (a oeste do rio) esteve ligado diretamente à fase áurea da mineração em Minas Gerais, e tinha no município de Ferros – ao qual o então distrito de Sant’Anna pertencia, entre 1892 e 1923 – uma referência para os moradores da região.
No final do século XIX, o local onde se construiu a cidade não passava de um ponto de tropeiros que faziam a rota ligando a região do Calado, atual Coronel Fabriciano, ao município de Ferros. As tropas, vindas geralmente de Antônio Dias, passavam pelo Calado e por Barra Alegre (atual distrito de Ipatinga), e, para seguir até o Achado, tinham que passar pelo então povoado de Taquaraçu, subindo a Serra do Chico Lucas e seguindo viagem em direção a Ferros.
A cachoeira do Engelho Velho, ou Taquaraçu, no centro da cidade, próximo ao local onde hoje se situa o prédio da Prefeitura Municipal, era a preferida pelos tropeiros para o seu descanso. Ao longo dos anos as tropas foram aumentando, e a margem da cachoeira acabou se transformando num importante centro comercial.
De acordo com Osvaldo Aredes, os tropeiros foram os principais responsáveis pelo ciclo econômico de Santana do Paraíso, que atualmente possui várias indústrias e o único aeroporto do Vale do Aço. As cachoeiras eram – e continuam sendo, alguns séculos depois – o ponto de referência mais significativo da região, “comprovando, assim, o privilégio de possuir recursos naturais mais significativos que os municípios vizinhos”.
A “Fazenda da Cachoeira do Engenho” teria sido o primeiro centro comercial de Santana do Paraíso, com moinho e máquinas de limpar café e arroz. Logo surgiram outros armazéns de cereais e novos moradores começavam a chegar, motivados principalmente pela beleza do lugar e pela fartura da caça e da pesca.
O primeiro nome da cidade, Taquaraçu, homenageava um tipo de vegetação muito comum, e que significa “grande bambu”. O território do atual município pertenceu antes à Itabira do Mato Dentro, e foi elevado a distrito em 1892.
No início do Século XX, com a chegada da Estrada de Ferro Vitória Minas, a região passou a experimentar um grande crescimento demográfico, com o aumento considerável de fazendeiros e de produtores rurais que sonhavam escoar a produção agrícola pelo caminho de ferro em direção a Itabira e a Figueira do Rio Doce (atual Governador Valadares).
A linha férrea passava pelo “Porto do Sal”, atual bairro de Ipaba do Paraíso, que se transformou num grande entreposto comercial no final do século XIX. Nessa época, em vez dos tropeiros, destacavam-se os boteiros, responsáveis pelo transporte de mercadorias, que atendiam, ainda, todo o extenso município de Caratinga.
Depois de construída a ferrovia, o atual bairro conhecido como Ipabinha ganhou mais importância comercial. Foi dali que partiram os homens que construiriam a Estação de Pedra Mole, que depois daria origem ao município de Ipatinga.
Em 1923, Minas Gerais sofreu uma nova subdivisão territorial, e o então distrito de Conceição de Mato Dentro foi anexado ao município de Mesquita. Nesse período, Santana do Paraíso local viveu uma fase de estagnação, até a chegada da siderurgia à região, primeiro com a construção da Acesita, em meados dos anos 40, e depois da Usiminas, no final dos anos 50. No território de Santana do Paraíso foi construído o aeroporto da Usiminas, juntamente com o Distrito Industrial, que hoje abriga um grande número de empresas às margens da BR-381.
A partir da sua emancipação, no dia 28 de abril de 1992, Santana do Paraíso começou a viver mais um ciclo econômico, com aumento do número de indústrias e um grande crescimento da sua área urbana, através da formação de novos bairros e loteamentos feitos por empresas do setor imobiliário.