Francisco Badaró, MG História da Cidade
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A faixa de CEP de Francisco Badaró, MG é de 39644000 à 39644999 e o código IBGE do município é 3126505. Quem nasce na cidade é chamado de badarosense e para ligar para Francisco Badaró utilize o DDD 33.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
No nordeste de Minas Gerais, a uns trinta quilômetros da confluência dos rios Araçuaí e Setubal, que são divisores do município, encontra-se a pequena cidade de Francisco Badaró, um dos muitos lugares que surgiram em meiados do século dezoito durante o ciclo da mineração. Povoados que se levantaram à márgem de algum riacho, sem nenhum planejamento, tendo como meta a cata do ouro.
Antônio de Faria e Atanásio Couto, provavelmente pertencentes à Bandeira de Sebastião Leme do Prado, fundador de Minas Novas, aqui se estabeleceram, o primeiro nesta sede e o segundo, a 3 Km abaixo, na fazenda do "Engenho", a cuja fazenda pertencia as vertentes da margem esquerda do córrego Sucuriú até acima deste local. Atanásio Couto, afim de facilitar a lavagem do cascalho, fez construir a um quilômetro acima da cidade um açude de madeira, de onde partia um rego que, fraldeando morros, levava água até sua fazenda. Ainda hoje se nota vestígios deste rego em alguns pontos do trajeto. Ao redor do açude fizeram-se pequenas construções de moradia, tomando-se posteriormente a popular designação de "arraial velho". A fundação ficou definida quando se tratou da construção da capela, surgindo então a histórica disputa entre o Faria e o Atanásio. Este a queria no "Engenho" e ofereceu 100$000 de auxílio; o Faria, entretanto, ofertou 200$000 para que aqui fosse edificada. Era tão valorizada a moeda naquele tempo que prevaleceu a última oferta, e onde hoje é situado o município, construiu-se a capela e se levantou o povoado.
Segundo tradição geralmente aceita, diz-se que o nome Sucuriú dado ao povoado origina-se do fato de, em um dia festivo nos primórdios do lugarejo, ter-se aparecido uma cobra sucuriú vinda do rio Setubal. Se tal tradição não fosse válida, poder-se-ia atribuir o topônimo ao próprio córrego que atravessa o município. Ao contrário de outros riachos, com pequeno percurso e giro direto, tem o Sucuriú a originalidade de percorrer aproximadamente trinta quilômetros e dando muitas voltas, semelhando-se ao serpentear do ofídio. O topônimo Sucuriú prevaleceu até 1948, quando, ao proceder-se a nova divisão administrativa do Estado, foi adotado novo topônimo - Francisco Badaró - em homenagem ao ilustre político de Minas Novas Dr. Francisco Coelho Duarte Badaró, que se destacou como parlamentar, jurista e diplomata.
Em 6 de agosto de 1960 chegou-se, inesperadamente, Padre Emiliano Gomes Pereira. Natural de Itinga, ordenara-se em 1914 e em 1915 aqui passara como secretário da primeira visita pastoral do primeiro Bispo de Araçuaí, Dom Serafim Gomes Jardim. Fora para a Diocese de Ilhéus, na Bahia e por lá permaneceu por longos anos, ultimamente como vigário de Porto Seguro. Resolvera voltar para a Diocese de Araçuaí e Dom José Maria Pires o acolheu favoravelmente, designando-o vigário de Francisco Badaró. Septuagenário, porém lúcido e ativo, fundou um patronato de menores que muito beneficiou menores carentes, principalmente da zona rural. Muito se preocupava com a situação local, com o apoio de seu amigo e ex-colega de seminário em Diamantina, Dr. Badaró Júnior, conseguiu trazer água de "Água Limpa" para abastecer a localidade. Meteu-lhe na cabeça a idéia de emancipar Francisco Badaró e argumentava convincentemente. Dr. Badaró lhe deu todo apoio necessário. Na divisão administrativa de 1962 viu concretizado seu sonho. Foi sem dúvida o líder do movimento e mereceu cabalmente o título de cidadão honorário de Francisco Badaró que lhe foi conferido pelo intendente Waldemar César Santos.
O gentílico do município é badaroense.
Antônio de Faria e Atanásio Couto, provavelmente pertencentes à Bandeira de Sebastião Leme do Prado, fundador de Minas Novas, aqui se estabeleceram, o primeiro nesta sede e o segundo, a 3 Km abaixo, na fazenda do "Engenho", a cuja fazenda pertencia as vertentes da margem esquerda do córrego Sucuriú até acima deste local. Atanásio Couto, afim de facilitar a lavagem do cascalho, fez construir a um quilômetro acima da cidade um açude de madeira, de onde partia um rego que, fraldeando morros, levava água até sua fazenda. Ainda hoje se nota vestígios deste rego em alguns pontos do trajeto. Ao redor do açude fizeram-se pequenas construções de moradia, tomando-se posteriormente a popular designação de "arraial velho". A fundação ficou definida quando se tratou da construção da capela, surgindo então a histórica disputa entre o Faria e o Atanásio. Este a queria no "Engenho" e ofereceu 100$000 de auxílio; o Faria, entretanto, ofertou 200$000 para que aqui fosse edificada. Era tão valorizada a moeda naquele tempo que prevaleceu a última oferta, e onde hoje é situado o município, construiu-se a capela e se levantou o povoado.
Segundo tradição geralmente aceita, diz-se que o nome Sucuriú dado ao povoado origina-se do fato de, em um dia festivo nos primórdios do lugarejo, ter-se aparecido uma cobra sucuriú vinda do rio Setubal. Se tal tradição não fosse válida, poder-se-ia atribuir o topônimo ao próprio córrego que atravessa o município. Ao contrário de outros riachos, com pequeno percurso e giro direto, tem o Sucuriú a originalidade de percorrer aproximadamente trinta quilômetros e dando muitas voltas, semelhando-se ao serpentear do ofídio. O topônimo Sucuriú prevaleceu até 1948, quando, ao proceder-se a nova divisão administrativa do Estado, foi adotado novo topônimo - Francisco Badaró - em homenagem ao ilustre político de Minas Novas Dr. Francisco Coelho Duarte Badaró, que se destacou como parlamentar, jurista e diplomata.
Em 6 de agosto de 1960 chegou-se, inesperadamente, Padre Emiliano Gomes Pereira. Natural de Itinga, ordenara-se em 1914 e em 1915 aqui passara como secretário da primeira visita pastoral do primeiro Bispo de Araçuaí, Dom Serafim Gomes Jardim. Fora para a Diocese de Ilhéus, na Bahia e por lá permaneceu por longos anos, ultimamente como vigário de Porto Seguro. Resolvera voltar para a Diocese de Araçuaí e Dom José Maria Pires o acolheu favoravelmente, designando-o vigário de Francisco Badaró. Septuagenário, porém lúcido e ativo, fundou um patronato de menores que muito beneficiou menores carentes, principalmente da zona rural. Muito se preocupava com a situação local, com o apoio de seu amigo e ex-colega de seminário em Diamantina, Dr. Badaró Júnior, conseguiu trazer água de "Água Limpa" para abastecer a localidade. Meteu-lhe na cabeça a idéia de emancipar Francisco Badaró e argumentava convincentemente. Dr. Badaró lhe deu todo apoio necessário. Na divisão administrativa de 1962 viu concretizado seu sonho. Foi sem dúvida o líder do movimento e mereceu cabalmente o título de cidadão honorário de Francisco Badaró que lhe foi conferido pelo intendente Waldemar César Santos.
O gentílico do município é badaroense.
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