Espera Feliz, MG História da Cidade
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A faixa de CEP de Espera Feliz, MG é de 36830000 à 36831999 e o código IBGE do município é 3124203. Quem nasce na cidade é chamado de esperafelicense e para ligar para Espera Feliz utilize o DDD 32.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
A tradição informa que uma comissão de engenheiros, tendo sido enviada pelo Governo Imperial de D. Pedro, para procedimento de pesquisa na região, acampou no local onde está situada a atual Praça da Bandeira, no centro da cidade. Como de costume, alguns engenheiros, membros da comissão imperial, puseram-se à espera de possíveis caças que eram abundantes na região. Como era de se esperar, não faltaram caças e, após dias sucessivos, foram “felizes”, naquela empreitada e daí surgiu o primitivo nome de “Feliz Espera”.
Conta-se ainda, que o Cap. Antonio Carlos de Souza, residente em Carangola, ao adquirir uma vasta gleba de terra, dentro do qual se assenta, a maior parte da cidade de Espera Feliz, vinha com familiares e amigos de quando em vez, passear e caçar nas terras que havia comprado. A caça era deveras, abundante e fácil. Eram muito “felizes” à “espera” da caça. E quando eram indagados sobre aonde tinham ido, diziam simplesmente: “Fomos à Feliz Espera”, isto é, onde se é “feliz” na “espera” da caça. Daí no nome foi pegando.
Mas o nome primitivo, dado pelos primeiros entrantes era Braço do Rio, por causa da confluência dos dois rios que banham a cidade. Pois, até o início do século XIX, esta região era interditada à exploração. Constituía-se a chamada “Zona Proibida”, área em que a mata não podia ser aberta para a ocupação humana, pois servia de barreira natural à região do ouro, evitando assim o contrabando.
Assim quando os primeiros desbravadores chegaram a esta estas terras, no início do século XIX, à época habitada por tribos da etnia “puri coroados” demarcaram com cruzes.
Em 1822, o Cel Antonio Dutra de Carvalho – Cel. Dutrão inaugurou o desbravamento das terras que hoje são abrangidas pelas vertentes do Rio Caparaó. Já no ano de 1831, outros aventureiros, oriundos das cabeceiras do Rio Carangola, transpondo as serras que separam as suas vertentes do Rio Paraíba, fixaram-se nas nascentes do Rio São João, nas terras que mais tarde constituiriam o município de Espera Feliz.
As terras situadas nas cabeceiras do Rio São João, onde nascem numerosos ribeirões foram adquiridas em 1831, data imprecisa, pelo guarda-mor Manoel Esteves de Lima, proprietário do grande imóvel “Santa Maria”. Em tais glebas hoje se localiza o município de Caparaó – antigo distrito de Espera Feliz.
O primeiro proprietário de terras no local da atual cidade de Espera Feliz foi o Tenente-Coronel Francisco Xavier Monteiro da Gama. Mais tarde transferiu estas para Antonio Francisco de Oliveira. Este, sem recursos para administrar o imóvel, transferiu-as para seu cunhado o Cap. Antonio Carlo de Souza, no ano de 1873. O grande motivo para o desbravamento e fixação foi a busca de terras férteis para a agricultura. A mineração viria apenas no século XX.
É importante frisar que do atual município a primeira povoação que se formou foi a de São Sebastião da Barra, distante 6 km da sede atual. Tal localidade chegou a ser um vilarejo muito próspero, sendo criado neste o Distrito de Paz, a 13 de maio de 1886, e instalado por força do Decreto-lei nº 116 de 21 de junho de 1890, na Freguesia de Santa Luzia do Carangola – MG.
Atestam os antigos que, quando se projetou, no início do século XX, a Estrada de Ferro The Leopoldina Railway Company Limited, estendendo a ligação de Carangola a Manhuaçu, ela passaria por São Sebastião da Barra. Os fazendeiros da região reagiram, alegando que a implantação da estrada iria estragar e desvalorizar seus terrenos, pois corria naquela época a superstição de que: “Com o trem de ferro, viria junto a Gripe Espanhola”.
Diante de tamanho alvoroço e oposição, a Companhia mudou seu traçado. Na altura do centro da atual cidade de Espera Feliz, foi localizado o entroncamento dos dois ramais da estrada de ferro: para Manhuaçu – MG e para o Espírito Santo (1912). Ali se construíram também, a Estação Ferroviária, a caixa d’água para abastecimento da máquina a vapor, o reservatório de lenha para a caldeira e a casa da turma de conservação da linha férrea.
O local tornou-se, naturalmente, um ponto de convergência e, com o tempo, foi-se formando um arruamento, início de uma futura cidade. Sendo que o Cap. José Carlos de Souza doou terras para a construção das primeiras casas, no local que recebeu o nome de Rua Nova. No centro o Senhor Dioclécio Lacerda construiu o primeiro prédio, destinado a hotel. A Senhora Cira Rosa de Assis doou as terras para a passagem da ferrovia, o local da estação e a área destinada ao triângulo, bem como a área onde a Companhia Ferroviária construiu um casarão (residência) destinado a abrigar os engenheiros britânicos encarregados da construção da Estrada de Ferro. Na margem oposta do Rio São João o Major Francisco Pereira de Souza construiu um grupo de casas, que recebeu o nome de Rua Pereira, bem como a área destinada a ereção da Capela dedicada a São Francisco de Assis, e a área para o cemitério.
Durante este período a localidade recebeu o topônimo de “Ligação” vez que a Estrada de Ferro The Leopoldina Railway Company Limited fazia a ligação entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
No ano de 1912 o Arcebispo de Mariana, Dom Silvério dos Santos Pimenta, criou o Curato de São Sebastião da Barra, nomeando o Monsenhor José Maria Gonzalez o seu primeiro Cura.
Diante de tais fatos, o Distrito de São Sebastião da Barra foi entrando em declínio e Espera Feliz em franco desenvolvimento, o que acarretou que em 18 de setembro de 1915, a Lei Estadual nº 663 determinou a transferência da sede do Distrito, de São Sebastião da Barra, para a localidade de Espera Feliz.
Não obstante, por esta mesma época a sede do Curato, cujo o orago dedicado a São Sebastião também é transferida para a nova sede do Distrito, ou seja, Espera Feliz, sendo doado pela dona Maria, viúva do Capitão Francisco Gomes da Silva, o patrimônio para a construção da Matriz dedicada a São Sebastião. No dia 27 de setembro de 1928 o Bispo de Caratinga, Dom Carloto Távora eleva o então curato à Paróquia de São Sebastião de Espera Feliz, nomeando o Padre José Lanzilote como seu primeiro Pároco.
Conta-se ainda, que o Cap. Antonio Carlos de Souza, residente em Carangola, ao adquirir uma vasta gleba de terra, dentro do qual se assenta, a maior parte da cidade de Espera Feliz, vinha com familiares e amigos de quando em vez, passear e caçar nas terras que havia comprado. A caça era deveras, abundante e fácil. Eram muito “felizes” à “espera” da caça. E quando eram indagados sobre aonde tinham ido, diziam simplesmente: “Fomos à Feliz Espera”, isto é, onde se é “feliz” na “espera” da caça. Daí no nome foi pegando.
Mas o nome primitivo, dado pelos primeiros entrantes era Braço do Rio, por causa da confluência dos dois rios que banham a cidade. Pois, até o início do século XIX, esta região era interditada à exploração. Constituía-se a chamada “Zona Proibida”, área em que a mata não podia ser aberta para a ocupação humana, pois servia de barreira natural à região do ouro, evitando assim o contrabando.
Assim quando os primeiros desbravadores chegaram a esta estas terras, no início do século XIX, à época habitada por tribos da etnia “puri coroados” demarcaram com cruzes.
Em 1822, o Cel Antonio Dutra de Carvalho – Cel. Dutrão inaugurou o desbravamento das terras que hoje são abrangidas pelas vertentes do Rio Caparaó. Já no ano de 1831, outros aventureiros, oriundos das cabeceiras do Rio Carangola, transpondo as serras que separam as suas vertentes do Rio Paraíba, fixaram-se nas nascentes do Rio São João, nas terras que mais tarde constituiriam o município de Espera Feliz.
As terras situadas nas cabeceiras do Rio São João, onde nascem numerosos ribeirões foram adquiridas em 1831, data imprecisa, pelo guarda-mor Manoel Esteves de Lima, proprietário do grande imóvel “Santa Maria”. Em tais glebas hoje se localiza o município de Caparaó – antigo distrito de Espera Feliz.
O primeiro proprietário de terras no local da atual cidade de Espera Feliz foi o Tenente-Coronel Francisco Xavier Monteiro da Gama. Mais tarde transferiu estas para Antonio Francisco de Oliveira. Este, sem recursos para administrar o imóvel, transferiu-as para seu cunhado o Cap. Antonio Carlo de Souza, no ano de 1873. O grande motivo para o desbravamento e fixação foi a busca de terras férteis para a agricultura. A mineração viria apenas no século XX.
É importante frisar que do atual município a primeira povoação que se formou foi a de São Sebastião da Barra, distante 6 km da sede atual. Tal localidade chegou a ser um vilarejo muito próspero, sendo criado neste o Distrito de Paz, a 13 de maio de 1886, e instalado por força do Decreto-lei nº 116 de 21 de junho de 1890, na Freguesia de Santa Luzia do Carangola – MG.
Atestam os antigos que, quando se projetou, no início do século XX, a Estrada de Ferro The Leopoldina Railway Company Limited, estendendo a ligação de Carangola a Manhuaçu, ela passaria por São Sebastião da Barra. Os fazendeiros da região reagiram, alegando que a implantação da estrada iria estragar e desvalorizar seus terrenos, pois corria naquela época a superstição de que: “Com o trem de ferro, viria junto a Gripe Espanhola”.
Diante de tamanho alvoroço e oposição, a Companhia mudou seu traçado. Na altura do centro da atual cidade de Espera Feliz, foi localizado o entroncamento dos dois ramais da estrada de ferro: para Manhuaçu – MG e para o Espírito Santo (1912). Ali se construíram também, a Estação Ferroviária, a caixa d’água para abastecimento da máquina a vapor, o reservatório de lenha para a caldeira e a casa da turma de conservação da linha férrea.
O local tornou-se, naturalmente, um ponto de convergência e, com o tempo, foi-se formando um arruamento, início de uma futura cidade. Sendo que o Cap. José Carlos de Souza doou terras para a construção das primeiras casas, no local que recebeu o nome de Rua Nova. No centro o Senhor Dioclécio Lacerda construiu o primeiro prédio, destinado a hotel. A Senhora Cira Rosa de Assis doou as terras para a passagem da ferrovia, o local da estação e a área destinada ao triângulo, bem como a área onde a Companhia Ferroviária construiu um casarão (residência) destinado a abrigar os engenheiros britânicos encarregados da construção da Estrada de Ferro. Na margem oposta do Rio São João o Major Francisco Pereira de Souza construiu um grupo de casas, que recebeu o nome de Rua Pereira, bem como a área destinada a ereção da Capela dedicada a São Francisco de Assis, e a área para o cemitério.
Durante este período a localidade recebeu o topônimo de “Ligação” vez que a Estrada de Ferro The Leopoldina Railway Company Limited fazia a ligação entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
No ano de 1912 o Arcebispo de Mariana, Dom Silvério dos Santos Pimenta, criou o Curato de São Sebastião da Barra, nomeando o Monsenhor José Maria Gonzalez o seu primeiro Cura.
Diante de tais fatos, o Distrito de São Sebastião da Barra foi entrando em declínio e Espera Feliz em franco desenvolvimento, o que acarretou que em 18 de setembro de 1915, a Lei Estadual nº 663 determinou a transferência da sede do Distrito, de São Sebastião da Barra, para a localidade de Espera Feliz.
Não obstante, por esta mesma época a sede do Curato, cujo o orago dedicado a São Sebastião também é transferida para a nova sede do Distrito, ou seja, Espera Feliz, sendo doado pela dona Maria, viúva do Capitão Francisco Gomes da Silva, o patrimônio para a construção da Matriz dedicada a São Sebastião. No dia 27 de setembro de 1928 o Bispo de Caratinga, Dom Carloto Távora eleva o então curato à Paróquia de São Sebastião de Espera Feliz, nomeando o Padre José Lanzilote como seu primeiro Pároco.