Jucás, CE História da Cidade
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A faixa de CEP de Jucás, CE é de 63580000 à 63589999 e o código IBGE do município é 2307403. Quem nasce na cidade é chamado de jucaense e para ligar para Jucás utilize o DDD 88.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Jucás Ceará - CE
Histórico
O topônimo Jucás originou-se do nome de uma tribo tapuia dos jucás, indígena que primitivamente habitava, especialmente na bacia do rio dos Jucás, no sertão do Inhamum, os quais lá ficaram aldeados. Radical do verbo tupi ajucá - matar - Jucá é também uma árvore leguminosa (coesalpinea, ferrea, Mart.), de cerne duríssimo, com que os índios preparavam seus tacapes ou paus de matar (segundo Pompeu sobrinho).
Jucás é o terceiro topônimo da região. De início denominou-se São Mateus e, São Mateus dos Inhamuns e, finalmente, Jucás.
A história do devassamento das terras que atualmente compõem o Município acha-se envolta em lendas. Segundo uns, São Mateus fora um santo aparecido no outeiro onde hoje assenta a Igreja Matriz e que, não obstante várias tentativas para localizar o templo em local diverso, voltava para o seu outeiro predileto; segundo outros, o primeiro português que lá chegou, e que se chamava Mateus, deu ao lugar onde residiu seu nome, erigindo uma pequena capela no local em que atualmente está a Igreja Matriz, nela colocando uma imagem de S. Mateus, que trazia consigo; ainda outros contam que houve em 1700, no local, um combate entre índios no dia de S. Mateus - e daí o nome do local.
Segundo Raimundo Girão e Antônio Martins Filho, o primeiro aldeamento indígena formou-se em torno de uma pequena elevação do terreno à margem esquerda do rio Jaguaribe. Os primitivos habitantes eram uma tribo de índios pescadores, descendentes dos Quixelôs - numerosa nação de silvícolas que perlustrava os sertões em que se acham os atuais municípios de Iguatu, Acopiara e Jucás. Esses índios foram submetidos à paz em 1719, ano em que se nomeou para administrá-los temporariamente o coronel Gregório Martins Chaves. Theberge assegura que eles tiveram seu aldeamento no sítio Telha, perto da bacia do Truçu, sendo a povoação dirigida por um frade carmelita.
Em 1791 estavam ainda aldeados na missão de Telha presentemente cidade de Iguatu, e mais na vila de S. Mateus sendo depois reunidos aos Canindés, Jenipapos e Paiacus para povoarem, a vila de Monte-Mor, o novo da América", escreve Carlos Studart. João Brígido registra a opinião do desembargador Figueira de Melo, baseada nos assentos da Câmara Episcopal de Olinda, e segundo a qual foi durante a célebre luta dos Montes e Feitosas que teve início no arraial de São Mateus. nas cabeceiras do Jaguaribe, o primeiro povoado daquele lado da província.
Outros pesquisadores afirmam que os primeiros desbravadores foram os missionários visitadores e, posteriormente. o capitão-mor Gonçalo Batista Vieira, com ajuda de quem aqueles fizeram o amalocamento dos índios e levantaram uma pequena ermida. Lançaram assim os fundamentos da sede do futuro Município que nesta época fazia parte integrante do Município de Icó.
Gentílico: jucaense
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de São Mateus, por provisão de 07-12-1755.
Elevado à categoria de vila com a denominação de São Mateus, por Resolução Imperial de 03-02-1823. Sede no núcleo de São Mateus.
Pela lei provincial nº 558, de 27-11-1851, a vila é extinta. Sob a mesma lei transfere para a povoação de Soboeiro a Vila de São Mateus.
Elevado novamente à categoria de vila com a denominação de São Mateus dos Inhamuns, desmembrado de Saboeiro. Pela lei nº 107, de 20-09-1893, a vila de São Mateus dos Inhamuns, passou a denominar-se São Mateus. Pelo ato estadual de 09-09-1898, é criado o distrito de Poço do Mato e anexado ao município de São Mateus. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 2 distritos: São Mateus e Poço do Mato. Pelas leis estaduais nº 929, de 06-08-1860 e 1128, de 21-11-1864 é criado o distrito de Bebedouro e anexado ao município de São Mateus.. Pelo decreto estadual nº 1156, de 04-12-1933, é criado o distrito de Cariús e anexado ao município de São Mateus. Pelo ato provincial de 18-03-1842, é criado o distrito de Saboeiro e anexado ao município de São Mateus. Pelo ato estadual de 08-02-1913, é criado o distrito de Santo Antônio e anexado ao município de São Mateus. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 7 distritos: São Mateus, Bebedouro, Cariús, Maurícia, Poço do Mato, Saboeiro e Santo Antônio. Pelo decreto estadual nº 1156, de 04-12-1933, é criado o distrito de Canafístula e anexado ao município de São Mateus. Pelo decreto nº 1591, de 23-05-1935, desmembra do município do São Mateus os distritos de Saboeiro e Bebedouro para formar o novo município de Saboeiro. Pela lei estadual nº 238-A, de 17-12-1936, é extinto o distrito de Maurícia, sendo seu território anexado ao distrito sede de São Mateus. Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937 o município é constituído de 5 distritos: São Mateus, Canafistula, Cariús, Poço do Mato e Santo Antônio.
Pelo decreto estadual nº 448, de 20-12-1938, o distrito de Santo Antônio passou a denominar-se Ingá. Sob o mesmo decreto o distrito já denominado Ingá, deixa de pertencer ao município de São Mateus, sendo anexado ao município de Quixará.
Pelo decreto estadual nº 448, de 20-12-1938, o distrito de Poço do Mato passou a denominar-se Caipu.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: São Mateus, Caipu, Canafístula e Cariús.
Pelo decreto-lei estadual nº 1114, de 30-12-1943, o município de São Mateus passou a denominar-se Jucás.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950 o município já denominado Jucás é constituído de 4 distritos: São Mateus, Caipu, Canafistula e Cariús.
Pela lei estadual nº 1153, de 22-11-1951, desmembra do município de Jucás os distritos de Caipu e Cariús, ambos elevados à categoria de município. Sob a mesma lei é criado o distrito de Mel e anexado ao muincípio de Jucás.
Em divisão territorial datada de I-VII-1955, o município é constituído de 3 distritos: Jucás, Canafístula e Mel.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela lei estadual nº 6531, de 05-09-1963, são criados os distritos de Baixio de Donana e Poço Grande e anexados ao município de Jucas.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963 o município é constituído de 5 distritos: Jucás, Baixio de Donana, Canafístula, Mel e Poço Grande.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 18-VII-1988.
Pela lei municipal nº 038, de 20-04-1990, é criado o distrito de São Pedro do Norte e anexado ao município de Jucás.
Em divisão territorial datada de 17-I-1991 o município é constituído de 6 distritos: Jucás, Baixio de Donana, Canafístula, Mel, Poço Grande e São Pedro do Norte.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Alteração toponímica municipal
São Mateus para Jucás alterado, pelo decreto-lei estadual nº 1114, de 30-12-1943.
Histórico
O topônimo Jucás originou-se do nome de uma tribo tapuia dos jucás, indígena que primitivamente habitava, especialmente na bacia do rio dos Jucás, no sertão do Inhamum, os quais lá ficaram aldeados. Radical do verbo tupi ajucá - matar - Jucá é também uma árvore leguminosa (coesalpinea, ferrea, Mart.), de cerne duríssimo, com que os índios preparavam seus tacapes ou paus de matar (segundo Pompeu sobrinho).
Jucás é o terceiro topônimo da região. De início denominou-se São Mateus e, São Mateus dos Inhamuns e, finalmente, Jucás.
A história do devassamento das terras que atualmente compõem o Município acha-se envolta em lendas. Segundo uns, São Mateus fora um santo aparecido no outeiro onde hoje assenta a Igreja Matriz e que, não obstante várias tentativas para localizar o templo em local diverso, voltava para o seu outeiro predileto; segundo outros, o primeiro português que lá chegou, e que se chamava Mateus, deu ao lugar onde residiu seu nome, erigindo uma pequena capela no local em que atualmente está a Igreja Matriz, nela colocando uma imagem de S. Mateus, que trazia consigo; ainda outros contam que houve em 1700, no local, um combate entre índios no dia de S. Mateus - e daí o nome do local.
Segundo Raimundo Girão e Antônio Martins Filho, o primeiro aldeamento indígena formou-se em torno de uma pequena elevação do terreno à margem esquerda do rio Jaguaribe. Os primitivos habitantes eram uma tribo de índios pescadores, descendentes dos Quixelôs - numerosa nação de silvícolas que perlustrava os sertões em que se acham os atuais municípios de Iguatu, Acopiara e Jucás. Esses índios foram submetidos à paz em 1719, ano em que se nomeou para administrá-los temporariamente o coronel Gregório Martins Chaves. Theberge assegura que eles tiveram seu aldeamento no sítio Telha, perto da bacia do Truçu, sendo a povoação dirigida por um frade carmelita.
Em 1791 estavam ainda aldeados na missão de Telha presentemente cidade de Iguatu, e mais na vila de S. Mateus sendo depois reunidos aos Canindés, Jenipapos e Paiacus para povoarem, a vila de Monte-Mor, o novo da América", escreve Carlos Studart. João Brígido registra a opinião do desembargador Figueira de Melo, baseada nos assentos da Câmara Episcopal de Olinda, e segundo a qual foi durante a célebre luta dos Montes e Feitosas que teve início no arraial de São Mateus. nas cabeceiras do Jaguaribe, o primeiro povoado daquele lado da província.
Outros pesquisadores afirmam que os primeiros desbravadores foram os missionários visitadores e, posteriormente. o capitão-mor Gonçalo Batista Vieira, com ajuda de quem aqueles fizeram o amalocamento dos índios e levantaram uma pequena ermida. Lançaram assim os fundamentos da sede do futuro Município que nesta época fazia parte integrante do Município de Icó.
Gentílico: jucaense
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de São Mateus, por provisão de 07-12-1755.
Elevado à categoria de vila com a denominação de São Mateus, por Resolução Imperial de 03-02-1823. Sede no núcleo de São Mateus.
Pela lei provincial nº 558, de 27-11-1851, a vila é extinta. Sob a mesma lei transfere para a povoação de Soboeiro a Vila de São Mateus.
Elevado novamente à categoria de vila com a denominação de São Mateus dos Inhamuns, desmembrado de Saboeiro. Pela lei nº 107, de 20-09-1893, a vila de São Mateus dos Inhamuns, passou a denominar-se São Mateus. Pelo ato estadual de 09-09-1898, é criado o distrito de Poço do Mato e anexado ao município de São Mateus. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 2 distritos: São Mateus e Poço do Mato. Pelas leis estaduais nº 929, de 06-08-1860 e 1128, de 21-11-1864 é criado o distrito de Bebedouro e anexado ao município de São Mateus.. Pelo decreto estadual nº 1156, de 04-12-1933, é criado o distrito de Cariús e anexado ao município de São Mateus. Pelo ato provincial de 18-03-1842, é criado o distrito de Saboeiro e anexado ao município de São Mateus. Pelo ato estadual de 08-02-1913, é criado o distrito de Santo Antônio e anexado ao município de São Mateus. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 7 distritos: São Mateus, Bebedouro, Cariús, Maurícia, Poço do Mato, Saboeiro e Santo Antônio. Pelo decreto estadual nº 1156, de 04-12-1933, é criado o distrito de Canafístula e anexado ao município de São Mateus. Pelo decreto nº 1591, de 23-05-1935, desmembra do município do São Mateus os distritos de Saboeiro e Bebedouro para formar o novo município de Saboeiro. Pela lei estadual nº 238-A, de 17-12-1936, é extinto o distrito de Maurícia, sendo seu território anexado ao distrito sede de São Mateus. Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937 o município é constituído de 5 distritos: São Mateus, Canafistula, Cariús, Poço do Mato e Santo Antônio.
Pelo decreto estadual nº 448, de 20-12-1938, o distrito de Santo Antônio passou a denominar-se Ingá. Sob o mesmo decreto o distrito já denominado Ingá, deixa de pertencer ao município de São Mateus, sendo anexado ao município de Quixará.
Pelo decreto estadual nº 448, de 20-12-1938, o distrito de Poço do Mato passou a denominar-se Caipu.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: São Mateus, Caipu, Canafístula e Cariús.
Pelo decreto-lei estadual nº 1114, de 30-12-1943, o município de São Mateus passou a denominar-se Jucás.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950 o município já denominado Jucás é constituído de 4 distritos: São Mateus, Caipu, Canafistula e Cariús.
Pela lei estadual nº 1153, de 22-11-1951, desmembra do município de Jucás os distritos de Caipu e Cariús, ambos elevados à categoria de município. Sob a mesma lei é criado o distrito de Mel e anexado ao muincípio de Jucás.
Em divisão territorial datada de I-VII-1955, o município é constituído de 3 distritos: Jucás, Canafístula e Mel.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela lei estadual nº 6531, de 05-09-1963, são criados os distritos de Baixio de Donana e Poço Grande e anexados ao município de Jucas.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963 o município é constituído de 5 distritos: Jucás, Baixio de Donana, Canafístula, Mel e Poço Grande.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 18-VII-1988.
Pela lei municipal nº 038, de 20-04-1990, é criado o distrito de São Pedro do Norte e anexado ao município de Jucás.
Em divisão territorial datada de 17-I-1991 o município é constituído de 6 distritos: Jucás, Baixio de Donana, Canafístula, Mel, Poço Grande e São Pedro do Norte.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Alteração toponímica municipal
São Mateus para Jucás alterado, pelo decreto-lei estadual nº 1114, de 30-12-1943.