Brejo Santo, CE História da Cidade
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A faixa de CEP de Brejo Santo, CE é de 63260000 à 63269999 e o código IBGE do município é 2302503. Quem nasce na cidade é chamado de brejo-santense e para ligar para Brejo Santo utilize o DDD 88.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
As primeiras terras do Cariri concedidas em datas de sesmarias, conforme documentos oficiais foram demarcadas na bacia do Riacho dos Porcos, no decênio de 1680-1690. Sem designar data, João Brígido aponta Bento Correia Lima como o primeiro povoador do Riacho dos Porcos. Donde se conclui que as terras de Brejo Santo ocupam o primeiro lugar na descoberta e povoamento do Cariri.
Há uma tradição oral e escrita que afirma ter sido Dona Maria Barbosa a primeira proprietária da faixa de terra junto à qual se estende hoje a cidade de Brejo Santo. Segundo a mesma tradição, Maria Barbosa era baiana e viúva, mãe de dois filhos varões e dona de fazendas em Porteiras. Sua aludida propriedade, excepcionalmente rica em fontes perenes, seria gerida por um dos filhos, e o seu nome ficou vinculado definitivamente à terra. Com efeito, Brejo do Barbosa, nome autenticado na sesmaria pela qual o alagoano Antônio Mendes Lobato e Lira adquiriu terras daquela região, foi a primitiva denominação de Brejo dos Santos, mudada mais tarde para Brejo Santo.
É absolutamente certo que o povoamento de Brejo Santo começou simultaneamente no atual Sítio Nascença e na área do Poço, que é um dos atuais distritos do Município. O Poço, por motivo de ordem geográfica, não se desenvolveu. O estabelecimento das estradas dos boiadeiros, que partindo de Vila Bela, hoje Serra Talhada e de Cabrobó, passavam no pátio da Fazenda Nascença em rumo ao Cariri Novo, distanciou-o da nova rota dos povoadores do sul do Ceará.
Num documento muito antigo figura o nome de um dos primeiros latifundiários cujos domínios se estendiam àquelas paragens. Trata-se do testamento de Matias de Lima Taveira, lavrado no Sítio Tabocas, a 17 de agosto de 1750. Outro opulento possuidor de terras, cujas fazendas de gado vacum e cavalar estavam situadas no Poço, Porteiras, Pilar e Riachão, foi o capitão Bartolomeu Martins de Morais, português, casado com Ana Maria Ferreira, tronco dos Martins de Morais.
Ao antigo Brejo da Barbosa estava reservado o papel de embrião social da atual cidade de Brejo Santo, cujo marco histórico foi uma grande casa de taipa, no Sítio Nascença. Tal casarão teria sido edificado pelo tenente Gonçalo de Oliveira Rocha, casado em 2ª núpcias com Joana Martins de Morais, filha do capitão Bartolomeu Martins de Morais. A Fazenda Nascença posteriormente foi herdada pelo capitão Gonçalo de Oliveira Rocha Júnior (Gonçalinho), este casado com Joana Pereira Filgueiras, sobrinha materna do Capitão Mor de Crato e Governador d’Armas do Ceará, José Pereira Filgueiras. Do capitão Gonçalo nasceram nove filhos: Pedro, Francisco, Davi, João, Manoel, Cosmo, Antônio, Joaquim e Ana Inácio dos Santos. Daí porque surgiu o topônimo Brejo dos Santos.
De Manoel Inácio dos Santos, “um dos sobreviventes do ataque da Nascença”, nasceu Donina Maria de Jesus (Rita), que se consorciou com o major Francisco Pereira de Lucena, natural de Sousa, província da Paraíba. Deste casal descende a numerosa família Inácio de Lucena, mais conhecida por Chicote, que era o apelido daquele varão. São filhos do referido casal: José, Joaquim, Manoel, Pedro e Francisco Pereira de Lucena (Cel. Chico Chicote), cujos nomes estão ligados aos episódios que agitaram a política de Brejo Santo durante vinte anos, a contar de 1909.
O longo período que se estende do ano de 1714 à sexta década do século XIX, caracteriza-se pela inoperância dos grandes proprietários daquelas terras férteis. Realmente, naquela área territorial, a civilização claudicou por espaço de 146 anos, não ultrapassando o chamado ciclo curraleiro. Era o apego à vida rural, entravando a formação urbana. Jardim era a sede do poder civil. Por outro lado, o rincão estava subordinado à Comarca do Crato.
Até 1858, só havia duas casas na área da atual cidade: o prédio-logradouro dum curral de gado, de propriedade do Cel. Antônio Cardoso dos Santos, exatamente no local denominado Barrocão, e a vivenda de Antônio José de Sousa, casado com Senhorinha Pereira Lima.
Justamente naquele ano iniciou-se a formação urbana de Brejo Santo, com a chegada de José Francisco da Silva, procedente de Águas Belas, província de Pernambuco, que veio acompanhado de mulher e filhos. Logo depois, sobretudo por motivo de grave incidente com o Cel. Constatino Cavalcanti, chefe político daquela cidade, vieram juntar-se a José Francisco da Silva numerosos parentes seus e na sequência muitos outros foram chegando.
Em breve, o grupo familiar de Águas Belas formou numeroso bloco parental, que, com o passar dos tempos, foi acrescido pela inclusão de novas famílias através de uniões matrimoniais. Desse modo, aquele grupo pioneiro estendeu seus ramos aos Lucenas, Alves de Moura, Araújo Lima, Leite Rabelo etc., resultando a formação de um dos maiores clãs parentais, de consanguíneos e afins, do Cariri.
O aparecimento da gente de Águas Belas modificou o cenário com a divisão dos latifúndios em propriedades produtivas, onde passaram a se desenvolver a agricultura e a pecuária.
O desenvolvimento de Brejo Santo acentuou-se em 1893, quando já estava em franco funcionamento a Agência dos Correios, Coletoria Estadual e Delegacia de Polícia, à frente das quais se achavam, respectivamente, João Gomes da Silva Basílio, Antônio Silião Bispo e Manoel Inácio dos Santos.
Há uma tradição oral e escrita que afirma ter sido Dona Maria Barbosa a primeira proprietária da faixa de terra junto à qual se estende hoje a cidade de Brejo Santo. Segundo a mesma tradição, Maria Barbosa era baiana e viúva, mãe de dois filhos varões e dona de fazendas em Porteiras. Sua aludida propriedade, excepcionalmente rica em fontes perenes, seria gerida por um dos filhos, e o seu nome ficou vinculado definitivamente à terra. Com efeito, Brejo do Barbosa, nome autenticado na sesmaria pela qual o alagoano Antônio Mendes Lobato e Lira adquiriu terras daquela região, foi a primitiva denominação de Brejo dos Santos, mudada mais tarde para Brejo Santo.
É absolutamente certo que o povoamento de Brejo Santo começou simultaneamente no atual Sítio Nascença e na área do Poço, que é um dos atuais distritos do Município. O Poço, por motivo de ordem geográfica, não se desenvolveu. O estabelecimento das estradas dos boiadeiros, que partindo de Vila Bela, hoje Serra Talhada e de Cabrobó, passavam no pátio da Fazenda Nascença em rumo ao Cariri Novo, distanciou-o da nova rota dos povoadores do sul do Ceará.
Num documento muito antigo figura o nome de um dos primeiros latifundiários cujos domínios se estendiam àquelas paragens. Trata-se do testamento de Matias de Lima Taveira, lavrado no Sítio Tabocas, a 17 de agosto de 1750. Outro opulento possuidor de terras, cujas fazendas de gado vacum e cavalar estavam situadas no Poço, Porteiras, Pilar e Riachão, foi o capitão Bartolomeu Martins de Morais, português, casado com Ana Maria Ferreira, tronco dos Martins de Morais.
Ao antigo Brejo da Barbosa estava reservado o papel de embrião social da atual cidade de Brejo Santo, cujo marco histórico foi uma grande casa de taipa, no Sítio Nascença. Tal casarão teria sido edificado pelo tenente Gonçalo de Oliveira Rocha, casado em 2ª núpcias com Joana Martins de Morais, filha do capitão Bartolomeu Martins de Morais. A Fazenda Nascença posteriormente foi herdada pelo capitão Gonçalo de Oliveira Rocha Júnior (Gonçalinho), este casado com Joana Pereira Filgueiras, sobrinha materna do Capitão Mor de Crato e Governador d’Armas do Ceará, José Pereira Filgueiras. Do capitão Gonçalo nasceram nove filhos: Pedro, Francisco, Davi, João, Manoel, Cosmo, Antônio, Joaquim e Ana Inácio dos Santos. Daí porque surgiu o topônimo Brejo dos Santos.
De Manoel Inácio dos Santos, “um dos sobreviventes do ataque da Nascença”, nasceu Donina Maria de Jesus (Rita), que se consorciou com o major Francisco Pereira de Lucena, natural de Sousa, província da Paraíba. Deste casal descende a numerosa família Inácio de Lucena, mais conhecida por Chicote, que era o apelido daquele varão. São filhos do referido casal: José, Joaquim, Manoel, Pedro e Francisco Pereira de Lucena (Cel. Chico Chicote), cujos nomes estão ligados aos episódios que agitaram a política de Brejo Santo durante vinte anos, a contar de 1909.
O longo período que se estende do ano de 1714 à sexta década do século XIX, caracteriza-se pela inoperância dos grandes proprietários daquelas terras férteis. Realmente, naquela área territorial, a civilização claudicou por espaço de 146 anos, não ultrapassando o chamado ciclo curraleiro. Era o apego à vida rural, entravando a formação urbana. Jardim era a sede do poder civil. Por outro lado, o rincão estava subordinado à Comarca do Crato.
Até 1858, só havia duas casas na área da atual cidade: o prédio-logradouro dum curral de gado, de propriedade do Cel. Antônio Cardoso dos Santos, exatamente no local denominado Barrocão, e a vivenda de Antônio José de Sousa, casado com Senhorinha Pereira Lima.
Justamente naquele ano iniciou-se a formação urbana de Brejo Santo, com a chegada de José Francisco da Silva, procedente de Águas Belas, província de Pernambuco, que veio acompanhado de mulher e filhos. Logo depois, sobretudo por motivo de grave incidente com o Cel. Constatino Cavalcanti, chefe político daquela cidade, vieram juntar-se a José Francisco da Silva numerosos parentes seus e na sequência muitos outros foram chegando.
Em breve, o grupo familiar de Águas Belas formou numeroso bloco parental, que, com o passar dos tempos, foi acrescido pela inclusão de novas famílias através de uniões matrimoniais. Desse modo, aquele grupo pioneiro estendeu seus ramos aos Lucenas, Alves de Moura, Araújo Lima, Leite Rabelo etc., resultando a formação de um dos maiores clãs parentais, de consanguíneos e afins, do Cariri.
O aparecimento da gente de Águas Belas modificou o cenário com a divisão dos latifúndios em propriedades produtivas, onde passaram a se desenvolver a agricultura e a pecuária.
O desenvolvimento de Brejo Santo acentuou-se em 1893, quando já estava em franco funcionamento a Agência dos Correios, Coletoria Estadual e Delegacia de Polícia, à frente das quais se achavam, respectivamente, João Gomes da Silva Basílio, Antônio Silião Bispo e Manoel Inácio dos Santos.