Rio Largo, AL História da Cidade

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A faixa de CEP de Rio Largo, AL é de 57100000 à 57119999 e o código IBGE do município é 2707701. Quem nasce na cidade é chamado de rio-larguense e para ligar para Rio Largo utilize o DDD 82.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

A primitiva sede do município foi Santa Luzia do Norte. Diz-se que Jerônimo de Albuquerque foi quem primeiro pisou o solo do município, na época da guerra de extermínio empreendida aos Caetés. Segundo Gabriel Soares, referido por Melo Morais, um cego, estabelecendo-se aí nos princípios do século XVII, recobrou a visão. O milagre por intermédio da •Santa emprestou seu nome à localidade – Santa Luzia de Siracusa -, que tempos depois tomou a denominação de Santa Luzia do Norte. Contamtambém que teria tido o nome de Outeiro de São Bento, por ter havido aí um convento de São Bento. Santa Luzia do Norte é uma das mais antigas povoações de Alagoas, pois, segundo afirma João Alberto Ribeiro, Miguel Gonçalves Vieira, a quem Jorge de Albuquerque Coelho doara cinco léguas de costa, tirara dessa posse uma légua para oferecê-la a Antônio Martins Ribeiro que aí morava e possuía casas, sob a condição de "levantar engenho de açúcar e fazer vida".
Santa Luzia do Norte chegou a ser, nos tempos coloniais e mesmo alguns anos depois, o mais importante povoado das margens da lagoa do Norte e do rio Mundaú. No ano de 1633, durante a guerra holandesa, os batavos incendiaram a cidade de Alagoas, hoje Marechal Deodoro, e marcharam contra Santa Luzia do Norte, encontrando tenaz resistência por parte dos comandados de Antônio Lopes Filgueiras, que defenderam valentemente a povoação. A cidade foi liberta e pouco sofreu no seu conjunto, tendo Antônio Lopes falecido em pleno combate.
O nome de Rio Largo veio de um engenho de açúcar existente no local •onde o rio Mundaú apresenta mais largura. Dizem que no começo o engenho pertencia a descendentes dos Calheiros de Melo, sendo fracionado por herança e reconstituído posteriormente em diversas compras realizadas por Felipe Ângelo de Brito. Foi depois vendido a D. Rosa Lima Lins, também descendente dos Calheiros de Melo. Nos fins do século XIX, duas Companhias (hoje fundidas numa só - Companhia Alagoana de Fiação e Tecidos) compraram terras do Engenho Rio Largo e do Engenho Cachoeira do Regente, limítrofe, e montaram duas fábricas para industrialização de fibras têxteis. Aproveitaram-se, para tanto, das facilidades de energia hidráulica oriunda das pequenas cachoeiras formadas pelo rio Mundaú. A linha férrea, passando na localidade, muito contribuiu para o desenvolvimento do centro industrial.