Acre História do Estado

O Acre é uma unidade federativa do Brasil, situada na porção sudoeste da Região Norte. Este estado faz fronteira com o Amazonas ao norte, Rondônia a leste, e é limitado por dois países: a Bolívia ao sudeste e o Peru ao sul e oeste. Com uma extensão territorial de 164.123,040 km², sua área é comparável à do país do Nepal, representando menos de 2% do território brasileiro. Este fato coloca o Acre entre os estados com menor densidade populacional do país, sendo um dos últimos a ser efetivamente ocupado pela população brasileira. A capital, Rio Branco, é o centro administrativo, onde se localizam os poderes executivo, legislativo e judiciário estaduais. Além de Rio Branco, outras cidades importantes incluem Cruzeiro do Sul, Feijó, Sena Madureira e Tarauacá, todas com população superior a trinta mil habitantes.

A história do povoamento do Acre

É marcada pela migração de nordestinos, principalmente do Ceará, que chegaram à região em 1877, então sob domínio da Bolívia, em busca das riquezas proporcionadas pela extração da borracha na Floresta Amazônica. No final do século XIX, a região já abrigava cerca de cinquenta mil brasileiros. A luta pela posse da terra culminou com a proclamação do Estado Independente do Acre em 1903, liderada pelo gaúcho Plácido de Castro. Após conflitos, o governo brasileiro negociou diplomaticamente com a Bolívia, resultando na anexação do Acre ao território brasileiro.

Formalmente, o Acre foi estabelecido como Território Federal do Acre em 1904 e alcançou o status de estado em 1962, por meio da lei federal n.º 4.070, durante a presidência de João Goulart. A economia acriana, inicialmente impulsionada pela produção de borracha, sofreu declínio a partir de 1913. Contudo, o estado ainda se destaca na produção e exportação de produtos de borracha.

Geograficamente, o Acre apresenta um relevo majoritariamente de planalto, com uma altitude média de 200 metros. Seus rios mais importantes incluem o Juruá, Purus, Tarauacá, Muru, Envira e Xapuri, essenciais para a economia local baseada na extração de borracha, castanha, além da pecuária e agricultura. O Acre opera em um fuso horário com duas horas de diferença em relação a Brasília, sendo a última localidade brasileira a presenciar o nascer do sol, especialmente na serra da Moa, na fronteira com o Peru.

A cultura do Acre

Rica e diversificada, resultado da mistura de tradições nordestinas, sulistas, paulistas e dos povos indígenas locais. A culinária do estado reflete essa diversidade, combinando pratos como carne-de-sol e pirarucu, acompanhados frequentemente de tucupi, um molho à base de mandioca. O transporte no Acre tem um papel crucial, com destaque para o fluvial nos rios Juruá e Moa, além da importância da BR-364, que conecta Rio Branco a Cruzeiro do Sul, recentemente asfaltada e com pontes construídas pelo governo brasileiro, substituindo antigas travessias por balsas.